O que esperar para as ações do e-commerce no pós-Covid? Itaú BBA atualiza estimativas
O Brasil parece pronto para um impulso no crescimento do e-commerce, de acordo com a análise realizada pelo Itaú BBA.
Os analistas Enrico Trotta e Thiago Macruz apontaram nesta sexta-feira (26) quais devem ser os cenários para o setor no pós-covid. Para isso, eles tomaram como base a disseminação do e-commerce na China durante a epidemia de SARS para estimar o que deve acontecer por aqui.
“O surto de SARS foi mais motivacional que crucial para o desenvolvimento do e-commerce na China. O verdadeiro fator para a ascensão do comércio foi o aumento da proliferação de smartphones, internet móvel e pagamentos online, que vieram depois que o SARS tinha sido contido”, informaram os analistas.
Sendo assim, eles apontam que o Brasil está significativamente à frente que a China naquela situação e que a crise do coronavírus poderia ser um fator mais significativo para o crescimento do setor no Brasil do que o SARS foi por lá.
O crescimento do e-commerce durante a quarentena já foi mais do que comprovado. Só em maio, as vendas online cresceram 126,9% em comparação com o mesmo mês de 2019.
Com essas informações, o Itaú BBA atualizou suas estimativas para as empresas do setor, veja:
B2W (BTOW3): O banco manteve sua recomendação de outperform, o que significa que a ação está desempenhando acima da média do mercado, e atualizou o preço-justo para R$ 128 por ação até o final de 2021.
No resultado do primeiro trimestre, a empresa registrou alta de 27,3% no valor total comercializado por suas plataformas de varejo digital, encerrando o período com R$ 4,5 bilhões.
Magazine Luiza (MGLU3): Manteve recomendação de outperform e atualizou o preço-justo para R$ 80 até o final de 2021.
Nos primeiros três meses do ano, a Magazine Luiza cresceu 76,2% no e-commerce, chegando a 53,3% das vendas totais da companhia.
Via Varejo (VVAR3): Continuou recomendando a empresa como acima do desempenho do mercado e atualizou o preço-justo para R$ 21 por ação até o final 2021.
O canal online da varejista cresceu 49% no primeiro trimestre do ano e impulsionou o lucro líquido de R$ 13 milhões acumulado pela companhia no período.
Lojas Americanas (LAME4): Atualizou a recomendação para outperform e estipulou novo preço-justo de R$ 41 por ação até o fim de 2021.
A receita de operações digitais da companhia aumentou 32,3% no primeiro trimestre e totalizou R$ 1,7 bilhão.