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O que esperar para as ações do e-commerce no pós-Covid? Itaú BBA atualiza estimativas

26 jun 2020, 17:06 - atualizado em 26 jun 2020, 17:57
Crise do coronavírus pode ser um fator significativo para o crescimento do e-commerce no Brasil, afirmar os analistas (Imagem: Unsplash/@brookelark)

O Brasil parece pronto para um impulso no crescimento do e-commerce, de acordo com a análise realizada pelo Itaú BBA.

Os analistas Enrico Trotta e Thiago Macruz apontaram nesta sexta-feira (26) quais devem ser os cenários para o setor no pós-covid. Para isso, eles tomaram como base a disseminação do e-commerce na China durante a epidemia de SARS para estimar o que deve acontecer por aqui.

“O surto de SARS foi mais motivacional que crucial para o desenvolvimento do e-commerce na China. O verdadeiro fator para a ascensão do comércio foi o aumento da proliferação de smartphones, internet móvel e pagamentos online, que vieram depois que o SARS tinha sido contido”, informaram os analistas.

Sendo assim, eles apontam que o Brasil está significativamente à frente que a China naquela situação e que a crise do coronavírus poderia ser um fator mais significativo para o crescimento do setor no Brasil do que o SARS foi por lá.

O crescimento do e-commerce durante a quarentena já foi mais do que comprovado. Só em maio, as vendas online cresceram 126,9% em comparação com o mesmo mês de 2019.

Com essas informações, o Itaú BBA atualizou suas estimativas para as empresas do setor, veja:

B2W (BTOW3): O banco manteve sua recomendação de outperform, o que significa que a ação está desempenhando acima da média do mercado, e atualizou o preço-justo para R$ 128 por ação até o final de 2021.

No resultado do primeiro trimestre, a empresa registrou alta de 27,3% no valor total comercializado por suas plataformas de varejo digital, encerrando o período com R$ 4,5 bilhões.

B2W lucrou R$ 4,5 bilhões com o canal digital (Imagem: Instagram/B2W)

Magazine Luiza (MGLU3): Manteve recomendação de outperform e atualizou o preço-justo para R$ 80 até o final de 2021.

Nos primeiros três meses do ano, a Magazine Luiza cresceu 76,2% no e-commerce, chegando a 53,3% das vendas totais da companhia.

Magazine Luiza foi considerada a empresa mais elogiada pelos consumidores durante a quarentena (Imagem: Linkedin/Magazine Luiza)

Via Varejo (VVAR3): Continuou recomendando a empresa como acima do desempenho do mercado e atualizou o preço-justo para R$ 21 por ação até o final 2021.

O canal online da varejista cresceu 49% no primeiro trimestre do ano e impulsionou o lucro líquido de R$ 13 milhões acumulado pela companhia no período.

Canal online da Via Varejo cresceu 49% no período (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

Lojas Americanas (LAME4): Atualizou a recomendação para outperform e estipulou novo preço-justo de R$ 41 por ação até o fim de 2021.

A receita de operações digitais da companhia aumentou 32,3% no primeiro trimestre e totalizou R$ 1,7 bilhão.

A receita de operações digitais da companhia aumentou 32,3% no trimestre (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)