Varejo

O que esperar do e-commerce brasileiro? Veja comparação com grandes mercados

20 fev 2019, 17:11 - atualizado em 21 fev 2019, 7:37
(Pixabay)

Para entender a atual situação do comércio eletrônico brasileiro e o que se pode esperar do setor no futuro, é preciso olhar para o passado. É o que diz o relatório do banco Credit Suisse, publicado no dia 28 de janeiro de 2019.

Segundo o banco, algumas barreiras tiveram que ser quebradas para encarar o crescimento do e-commerce nos últimos anos, tais como o crescente processo de bancarização, que atualmente comporta 86% da população brasileira, a democratização dos meios de pagamento, como os cartões de crédito, que são responsáveis por 70% de todas as compras realizadas online, e o avanço da cultura digital no país, ainda fora do alcance para 20% dos brasileiros.

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Em 2017, o número de consumidores ativos na internet alcançou 55 milhões, 25% da população brasileira. As vendas cresceram 30% – na base anual de comparação, e as expectativas sobre o mercado seguem uma trajetória crescente, ao passo que a experiência se torne mais positiva e as plataformas vão sendo aperfeiçoadas.

Otimistas, mas nem tanto

Apesar do otimismo em relação ao futuro do e-commerce no Brasil, algumas questões precisam ser reavaliadas. Comparado às economias mais maduras, o e-commerce brasileiro continua atrás. Do total das vendas no varejo, o comércio eletrônico tem participação em apenas 6%. Em países como China, Coréia do Sul e Reino Unido, o envolvimento do setor é de 15% a 20%. A taxa de crescimento anual composta (CAGR, na sigla em inglês) mostrou que, de 2007 para 2017, o mercado chinês se mostrou líder do setor.

As políticas restritivas também impedem que as vendas online internacionais cresçam e formem um mercado consistente no Brasil. Além das altas taxas de importação, a Credit Suisse aponta para outras preocupações: “Existem receios quanto à possibilidade de desvalorização do real que poderiam elevar o preço dos produtos e atrasar a entrega devido à questões logísticas e até de segurança, já que falta informação pessoal e financeira”, aponta o banco, em relação as importações.

Sendo assim, qualquer mudança que vá reduzir as taxas poderiam representar um risco para as empresas domésticas, já que haveria maior competição no mercado.

Comparação por segmento

Analisando os quatro países que mais se sobressaem no e-commerce, o banco chegou à conclusão de que o mercado brasileiro tem um longo caminho a percorrer em todos os segmentos analisados – vestuário, beleza, eletrodomésticos, eletrônicos, saúde e atendimento domiciliar.

“Nós entendemos que esse problema não é fácil de se resolver, já que devemos considerar diversos fatores, tais como renda familiar e acesso à internet – sem falar dos componentes qualitativos, como preferências do consumidor, características culturais etc”, diz o Credit Suisse. “A comparação internacional pode não ser a mais apurada, mas traz um retrato do grande cenário e das tendências que estão por vir”.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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