O que esperar de Azul e Gol no terceiro trimestre?
Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) divulgam no começo de novembro (nos dias 11 e 9, respectivamente) seus resultados relativos ao terceiro trimestre deste ano. Depois de tantos meses operando com a pandemia no cangote, investidores estão atentos a como devem estar as posições financeiras de ambas.
Analistas do Itaú BBA ponderam que as empresas ainda estão com demanda inferior a do terceiro trimestre de 2019, período anterior ao da covid-19, mas que a volta da procura por passagens está em linha com a capacidade de recuperação de ofertas das duas empresas.
As companhias aéreas costumam divulgar mensalmente dados sobre oferta e demanda, o que ajuda os analistas a calibrarem suas expectativas.
No caso da Azul, a capacidade e a demanda estão em linha com as projeções do Itaú BBA: alta de 10% sobre 2020 e apenas 6% inferior ao terceiro trimestre de 2019.
“Levando em conta despesas líquidas, projetamos prejuízo de R$ 1,2 bilhão entre julho a setembro, refletindo depreciação do real e a queda da receita líquida da Azul”, comentam Thais Cascello, Gabriel Rezende, Luiz Capistrano e Eric Custodio, que assinam o relatório do banco.
O grupo aponta que a Gol deve apresentar novamente Ebitda (Lucros antes de impostos, depreciação e amortização) negativo no terceiro trimestre, penalizado pelo aumento de custos com combustíveis e pressão no câmbio.
Os analistas lembram que a empresa pretende aumentar em 30% sua capacidade no último trimestre do ano, em relação ao mesmo período de 2020, para captar uma temporada de demanda maior.
O Itaú BBA tem recomendação neutra para a Azul e Gol, com preços-alvos de R$ 41 e R$ 24,5 por ação, respectivamente.