O que esperar das commodities e o efeito sobre Vale, Fibria, Suzano e Gerdau
O Itaú BBA prevê um 2018 favorável para as commodities assim como o ano passado após o ciclo fraco de 2009 a 2016. Os analistas veem menor ameaça chinesa ao excesso de oferta em razão das iniciativas da China em prol do controle da poluição. Eles elegem Ternium, Vale (VALE3), Fibria (SUZB3) e Suzano (SUZB3) como as Top Picks com “valuations ainda atraentes”.
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“Esperamos que 2018 seja outro ano sólido para commodities, com as ações de papel e celulose e de siderurgia e mineração recuperando gradualmente a influência e a participação nos índices”, diz relatório enviado a clientes e assinado por Daniel Sasson e Carlos Eduardo Schmidt.
Além da questão sobre a China, a dupla do Itaú BBA enfatiza a recuperação da economia brasileira e o crescimento mundial em um ambiente de “oferta disciplinada” nos setores de minério de ferro e celulose que, provavelmente, refletirá em preços e margens mais estáveis.
Na onda de racionalidade no setor, os analistas esperam um “re-rating” para as ações da Vale em razão da maior previsibilidade e flexibilidade na produção.
Na siderurgia, enquanto a preferida na América Latina é a Ternium, “no Brasil, nossa preferência é pela Gerdau (GGBR4), que deverá ser beneficiada pelos preços mais elevados (5%) e pelos volumes no mercado interno (8%)”. A expectativa é que a empresa apresente um Ebitda de R$ 2,3 bilhões neste ano depois do R$ 1,9 bilhão em 2017.
No caso das fabricantes de papel e celulose, Sasson e Schmidt destacam que Fibria e Suzano estão sendo negociadas na B3 com múltiplos abaixo da média histórica. Por isso a visão otimista, apesar dos preços conservadores da celulose em 2018.
“Por fim, a possível fusão entre a Fibria e a Suzano não deve ser descartada, pois agregaria um valor significativo, com o VPL [Valor Presente Líquido] das sinergias estimado em US$ 3 bilhões.”