O que esperar da renda fixa entre os dias 14 a 18 de novembro; será que as taxas vão subir mais?

Ao longo dos últimos dias, as taxas de rentabilidade oferecidas ao investidor pela renda fixa apresentaram um avanço significativo por toda a extensão da curva, contrariando o otimismo do mercado em novembro.

O movimento negativo dos ativos de risco (ações, fundos imobiliários, entre outros) nesta última semana refletiu os anseios e as preocupações dos agentes de mercado frente as declarações do presidente eleito Lula, que demonstraram pouca preocupação com as questões fiscais do Brasil e forte comprometimento com programas sociais.

O movimento defensivo do mercado ocasionou fortes oscilações nas taxas de juros e as negociações dos títulos do Tesouro Direto atrelados à inflação e prefixados foram suspensas temporariamente na quinta e sexta-feira desta semana.

Somente os títulos indexados à Selic ficaram disponíveis em tais períodos

Para complementar o cenário de aversão ao risco, a inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), veio acima do esperado, com alta de 0,59%, após três meses de deflação.

“As taxas de juros reais apresentaram uma alta ao longo da semana, refletindo tanto um aumento esperado dos juros nominais quanto da inflação para os próximos anos”, afirma a head de renda fixa da XP Investimentos Camilla Dolle.

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O que esperar da renda fixa?

A renda fixa entre os dias 14 a 18 de novembro deve ficar à reboque da agenda econômica tanto aqui no Brasil quanto lá nos Estados Unidos.

O mercado continua atento aos discursos de dirigentes do Federal Reserve, na expectativa da próxima reunião de política monetária.

Nos EUA, a inflação ao produtor e indicadores de atividade de outubro são destaque. Na Europa a prévia de dados de emprego e PIB do terceiro trimestre, assim como a inflação do consumidor, serão chave.

No Brasil, o destaque segue sendo a transição de governo e notícias relacionadas ao arcabouço fiscal. No campo de dados econômicos, o destaque será o IBC-Br, proxy do PIB, para o mês de setembro e divulgações de dados do mercado de trabalho de setembro.

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