O que esperar da Raízen (RAIZ4) no 2T25, segundo analistas
A Raízen (RAIZ4) deve reportar números mistos no segundo trimestre da safra 2024/2025 (2T25) nesta quarta-feira (13), de acordo com a XP Investimentos, que cita a prévia operacional da companhia. A casa que recomenda compra e preço-alvo de R$ 6 (potencial de alta de 122,22%), projeta receita líquida de R$ 68,3 bilhões (+15% ano a ano) e Ebitda ajustado de R$ 3,8 bilhões (+2% a/a).
Enquanto o açúcar deve ser o destaque, impulsionado por volumes e preços fortes, com o segmento respondendo por 55% do Ebitda consolidado do trimestre, o desempenho mais fraco deve ficar por conta dos renováveis, onde os preços mais altos do etanol não foram totalmente capturados devido a efeitos pontuais no mix.
Além disso, as estimativas dos analistas sugerem que o segmento de Mobilidade Brasil terá um desempenho inferior ao de seus pares neste trimestre.
“Embora destaquemos que os lucros do 2T25 não devem ser um catalisador por si só, este será o último relatório de lucros da Raízen antes das próximas mudanças na alta gestão e uma hipotética orientação sobre mudanças estratégicas ou desinvestimentos poderia catalisar um sentimento positivo para as ações”, disseram Leonardo Alencar e equipe.
A prévia do BTG para Raízen
Os analistas do BTG Pactual estimam um Ebitda ajustado ex-IFRS16 de R$ 4 bilhões (+7% a/a; +62% t/t), refletindo volumes mais altos de vendas de açúcar, etanol e combustíveis, projetando também margens unitárias mais altas. O banco que recomenda compra e preço-alvo de R$ 7 para ação (potencial de alta de 160,22%) espera uma receita líquida de R$ 61,752 bilhões (avanço de 4% ano a ano) e um lucro líquido de R$ 971 milhões.
“No entanto, apesar da melhora nos dados operacionais, a alta alavancagem da empresa impacta fortemente o resultado final e a geração de caixa”, disseram Pedro Soares e equipe.
“Em relação às mudanças recentes na alta administração das empresas do grupo Cosan, vemos positivamente a nomeação de Nelson Gomes para liderar a Raízen, pois ele traz uma excelente liderança e, mais importante, fortes habilidades de execução – exatamente o que a Raízen precisa após seu intenso ciclo de alocação de capital pós-IPO”.
Segundo eles, este ano é fundamental para a empresa demonstrar os retornos de seus investimentos recentes.
“Embora a queda no preço das ações pareça justificada com base nas tendências macroeconômicas, ainda contamos com um capex em queda, um ciclo positivo de precificação de açúcar e etanol e margens saudáveis no downstream, permitindo um ciclo de desalavancagem tão necessário a partir do próximo ano”.