O que esperar da Cesp, Neoenergia e Energias do Brasil no terceiro trimestre, segundo o Safra
As elétricas devem se sair melhor no terceiro trimestre, afirma o Safra em relatório enviado a clientes nesta terça-feira (20).
Segundo a corretora, os volumes de energia estão se recuperando mais rápido do que o previsto incialmente. Além disso, a abertura econômica também ajudou a tirar as empresas do atoleiro, especialmente a Neonergia (NEOE3).
Veja o que esperar de cada uma:
Neonergia
O banco estima um Ebitda, que mede o resultado operacional, de R$ 1,616 bilhão, 34% acima do consenso, e um lucro líquido de R$ 663 milhões, elevação de 10,6% e 36,4% acima do consenso.
A implantação de projetos de transmissão continua sendo o principal catalisador dos papéis.
“Mantemos nossa recomendação de Compra para a Neoenergia, com um preço-alvo de R$ 28,4 por ação”, diz.
A Neoenergia divulga os resultados nesta terça-feira (20), após o fechamento do mercado.
Energias do Brasil
O resultado da Energias do Brasil (ENBR3) deve cair em relação ao ano passado, mas avançar na base trimestral. A corretora calcula um Ebitda de R$ 552 milhões, queda de 29% ante o ano passado.
Para o lucro líquido, o Safra prevê uma queda 50,7% no ano, para R$ 175 milhões. O número é 32,3% abaixo do consenso.
“Mantemos nosso rating de compra para as ações principalmente com uma avaliação atrativa, visto que vemos a empresa oferecendo uma TIR (taxa interna de retorno) de 9,4%, com um preço-alvo de R$ 21,5 por ação”, pontua.
No terceiro trimestre, o volume de energia distribuída recuou 3,5%, puxado pelos impactos da pandemia do novo coronavírus.
Ainda assim, a Energias do Brasil já observa uma retomada do consumo de energia elétrica, em comparação ao primeiro semestre, por conta da reabertura das atividades do comércio e da indústria no país.
A empresa divulga o seu resultado no dia 28 de outubro.
CESP
No caso da CESP (CESP6), o Safra calcula um Ebitda de R$ 229 milhões, alta de 2,7% no ano e 8,4% abaixo do consenso, e prejuízo líquido de R$ 44 milhões versus prejuízo líquido de R$ 8 milhões do ano anterior.
Para a corretora, a correção monetária do passivo provável (totalizando R$ 1,8 bilhão no segundo trimestre) deve prejudicar o resultado, por ser indexada ao IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado), que atingiu 9,6% no terceiro trimestre.
“No entanto, avaliamos os resultados operacionais positivamente, uma vez que a empresa está atualmente passando por um processo de recuperação”, ressaltou.
O Safra manteve o preço-alvo de R$ 32,3 por ação. A elétrica divulgará seu resultado no dia 28 de outubro.