Destaques da Bolsa

O que derruba as ações de Magazine Luiza (MGLU3) em quase 7% hoje (29)? 

29 jul 2024, 15:14 - atualizado em 29 jul 2024, 15:34
magazine luiza
(Imagem: Divulgação)

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) lideram as perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (29). Durante o pregão, os papéis chegaram a cair 6,90%, a R$ 11,07. 



Sem novidades sobre a companhia e o setor de varejo, MGLU3 é pressionado pelo avanço da curva de juros futuros — com a piora das expectativas de inflação e às vésperas da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).

Depois do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de julho vir acima do esperado na semana passada, o mercado elevou novamente as projeções para a inflação de 2024 e 2025.

As apostas subiram de 4,05% para 4,10% para este ano e de 3,90% para 3,96% para o próximo, segundo o Relatório Focus. As projeções seguem desancoradas e acima do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 3%.

O cenário fiscal também tem sido precificado sobre a curva. Os investidores esperam o detalhamento da contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento deste ano para o cumprimento do arcabouço. A expectativa é que o documento seja apresentado nesta terça-feira (30). 

Em linhas gerais, as taxas dos juros longos mexem com as ações das varejistas, porque balizam o custo do crédito das operações das companhias. 

O que esperar de Magazine Luiza?

O Magazine Luiza deve ser um dos destaque positivos do segundo trimestre. Na visão do Santander, a varejista deve seguir a tendência positiva observada no primeiro trimestre.

Entre janeiro e março, a companhia reverteu o prejuízo e registrou lucro líquido de R$ 27,9 milhões.

Nas contas do banco, o Magalu deve ter um crescimento de 10% na base anual das vendas totais na mesma loja (SSS).

Além disso, a rentabilidade deve ser o destaque mais uma vez, com a margem de lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda), expandindo cerca de 250 pontos-base na comparação anual, em linha com o foco da administração em ganhos de rentabilidade.

Por outro lado, a piora do cenário macroeconômico, que pode levar a um crescimento de vendas e recuperação de margens mais lento que o esperado e o alto endividamento (alavancagem) e despesas financeiras — que limitam as oportunidades de investimento —, são alguns dos riscos para a companhia.

O Santander tem recomendação neutra para as ações da Magazine Luiza, com preço-alvo de R$ 23. O balanço da companhia será divulgado em 8 de agosto.

*Com Giovana Leal 

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