O que derruba as ações da Petrobras (PETR4;PETR3)? Spoiler: a culpa não é do petróleo
Mesmo com as decisões sobre política monetária nos Estados Unidos e no Brasil nos holofotes dos mercados, Petrobras voltou a concentrar as atenções dos investidores nesta quarta-feira (18).
Os papéis da estatal são os mais negociados do mercado brasileiro desde o início do pregão.
Também, as ações operam entre as maiores quedas do Ibovespa (IBOV). Os papéis preferenciais (PETR4) e ordinários (PETR3) caíram mais de 2%.
PETR4 encerrou as negociações com baixa de 2,40%, a R$ 36,15 Acompanhe o Tempo Real.
Apenas nesta quarta-feira (18), a companhia perdeu mais de R$ 10 bilhões em valor de mercado.
Dessa vez, a culpa não é foi somente do desempenho do petróleo. Os contratos mais líquidos do Brent, referência para o mercado internacional, com vencimento em novembro, fecharam em leve queda e sustentam a cotação de US$ 73 o barril.
O gatilho para o tom negativo das ações da Petrobras porém, foram os rumores sobre novos ajustes nos combustíveis.
Segundo o jornal Valor Econômico, a estatal estuda reduzir o preços dos combustíveis nos próximos dias, “de forma a alinhar mais os valores aos preços internacionais, que estão mais baixos que o da empresa”.
Sendo assim, o preço da gasolina teria um reajuste entre 5% e 7% e o diesel, de 7% a 10%.
O último ajuste foi realizado em 9 de julho, quando a Petrobras aumentou o preço de venda da gasolina em R$ 0,20 por litro, pela primeira vez no ano. Com o reajuste, de 7,12%, o preço de venda da gasolina para as distribuidoras passou a ser de R$ 3,01 por litro.
Ainda de acordo com a reportagem, o anúncio deve acontecer ainda nesta quarta-feira (18) após a divulgação da decisão sobre os juros pelo Banco Central. A medida seria uma sinalização de que, apesar da alta da Selic, há um movimento favorável à queda de preços na economia.
O que diz a Petrobras?
No final da tarde, a Petrobras disse que as informações sobre o ajuste nos preços dos combustíveis “não procedem”.
A estatal disse que monitora diariamente as variações de preços no mercado internacional de petróleo e os desdobramentos no mercado brasileiro.
“A Petrobras reafirma que eventuais ajustes nos preços dos seus produtos, quando necessários, serão realizados com base em análises técnicas e independentes, considerando a participação de mercado da companhia e a operação otimizada dos seus ativos de refino e logística, em linha com as premissas de sua estratégia comercial”, em comunicado ao mercado.
*Com informações de Valor Econômico e Agência Brasil