O que comprar no setor de saúde, segundo a Bradesco Corretora?
A Bradesco Corretora apresentou um panorama das principais empresas do ramo de saúde, mostra uma análise divulgada ao mercado nesta segunda-feira (24).
O destaque positivo ficou por conta da Qualicorp (QUAL3), que teve a recomendação alterada para compra. Mesmo assim, os analistas Fred Mendes e Flávia Meireles mantiveram a preferência pela Hapvida (HAPV3) por conta das vantagens competitivas e “um valuation atraente”.
Confira os principais destaques:
Qualicorp
O texto destaca que as ações da companhia acumularam uma valorização de 80% no ano. Apesar disso, os analistas afirmam que há espaço para uma valorização.
“Os impactos das medidas de eficiência ainda não foram totalmente precificados. Além disso, um possível dividendo extraordinário poderia aumentar o rendimento da empresa para pelo menos 14%”, diz o documento.
Outro ponto que contou pontos para a Qualicorp foi a boa fase de resultados dos players verticalizados, “que deve continuar com ganhos de participação de mercado e potenciais transações de M&A (fusões e aquisições)”, afirmam os analistas.
O preço-alvo das ações subiu de R$ 18 para R$ 25 por ação. Além disso, houve elevação das estimativas de EBITDA e lucro líquido de 5 a 10% para 2019 e 2020.
Hapvida
Para os analistas, a Hapvida continua sendo a empresa mais atraente do setor devido às vantagens competitivas e uma avaliação relativamente atraente.
“Não acreditamos que seja a hora de mudar as nossas preferências em relação às operadoras de saúde verticalizadas. Esperamos que o momentum permaneça forte, impulsionado por ganhos de participação de mercado e integração recentes de fusões e aquisições”, ressalta os analistas.
Fleury e Hermes Pardini
O relatório destaca que tanto a Fleury (FLRY3) como Hermes Pardini (PARD3) apresentaram um desempenho inferior no Ibovespa. Porém, mesmo assim, foram mantidas a recomendação neutra para ambas. Já os preços-alvo foram reduzidos de R$ 24 para R$ 23 no caso da Fleury. Para a Hermes Pardini houve queda de R$ 22 para R$ 21.
“Dado que as condições macroeconômicas permanecem desafiadoras, esperamos que os volumes levem mais tempo para se recuperar, já que ambos estão expostos a um ambiente competitivo mais difícil, bem como mudanças nos modelos de pagamentos”, informa o relatório.
Raia Drogasil e Hypera
Houve aumento de preço-alvo (de R$ 62 para R$ 65) devido a rápida recuperação demonstrada pela Raia Drogasil (RADL3). A recomendação de venda foi mantida.
No caso da Hypera (HYPE3), os analistas também veem os múltiplos como não atrativos em relação à média histórica, mesmo se as premissas de ganho de participação de mercado se materializem.