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O que Azul (AZUL4), Gol (GOLL4) e Embraer (EMBR3) estão fazendo para liderar o setor de táxis aéreos

08 fev 2022, 14:02 - atualizado em 08 fev 2022, 14:02
eVTOL
Aeronaves elétricas de decolagem e aterrissagem vertical são nova aposta de companhias aéreas no Brasil e no mundo (Imagem: Divulgação/Embraer)

Com novos investimentos e parcerias sendo anunciados, empresas de aviação apostam em aeronaves elétricas de decolagem e aterrissagem vertical (eVTOL, na sigla em inglês) para o futuro dos serviços de transporte aéreo. Companhias áreas, como Azul (AZUL; AZUL4), Boeing (BA; BOEI34), Gol (GOL; GOLL4) e Eve – subsidiária da Embraer (ERJ; EMBR3) estão entre os novos investidores desse setor.

As novas aeronaves em desenvolvimento serão utilizadas como “táxis aéreos”, realizando pequenas viagens em centros urbanos por preços mais acessíveis. Ao contrário das viagens de helicóptero, que tem um alto custo, as eVTOLs serão mais rápidas, silenciosas e de uso compartilhado, levando cerca de quatro passageiros mais o piloto.

De acordo com declaração de Andre Stein, presidente da Eve, ao Estado de S. Paulo, os custos operacionais dos novos carros voadores são muito mais baixos que os demais serviços de transporte aéreo existentes. “O eVTOL é um veículo que reduz gasto com combustível e manutenção, além de ser autônomo no longo prazo”, afirma.

Com gastos menores, a perspectiva é que o preço das viagens aéreas seja semelhante ao da Uber Black. As principais cidades onde se espera maior adesão aos serviços são São Paulo e Rio de Janeiro, principalmente em trechos entre aeroportos, centros comerciais e financeiros.

Mesmo em fase inicial, os investimentos das empresas já têm sido altos. A Azul consolidou uma parceria de US$ 1 bilhão com a empresa alemã Lilium; a Boeing, por sua vez, investiu cerca de US$ 450 milhões em uma empresa de aviação autônoma nos EUA; já a Gol contratou 250 novas eVTOLs para 2025. De acordo com projeções do banco Morgan Stanley, esse novo modelo de negócios pode movimentar cerca de US$ 1,5 trilhão até 2040.