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O que as marcas de varejo precisam fazer em 2022 para não perderem clientes

17 jan 2022, 12:00 - atualizado em 17 jan 2022, 12:00
Varejo
Os comércios que não se adaptarem às novas tendências vão perder clientes e espaço no mercado (Imagem: Unsplash/mostafa meraji)

O início da pandemia, em 2020, gerou grandes impactos no setor varejista, que se encontrou diante de um cenário em que a adaptação, inovação e ajustes foram essenciais. 

Com isto, o digital se tornou o maior aliado para manter a competitividade no mercado e atender ao público mesmo diante das restrições. Apesar do avanço da vacinação e flexibilizações que permitiram a retomada de muitas marcas de varejo ao presencial, para não perder clientes, é preciso saber como proceder no cenário atual. 

O estudo do Retail Marketing Hot Trends 2022 promete muitas novidades para o setor de varejo neste ano, dessa forma, para não perder clientes, as marcas de varejo precisam saber o que fazer para acompanhar as tendências do mercado. 

Em entrevista com Miguel Rojo, Country Manager do Tiendeo no Brasil, soubemos que o estudo foi feito com cerca de 360 profissionais, na Europa e LATAM, profissionais de marketing em geral, em 16 países.

A partir disso, 5 tendências foram definidas para o comércio varejista em 2022.

1. Aumento do compromisso com o e-commerce e canais digitais

O canal digital tornou-se o meio preferencial dos consumidores para estabelecer conexão com as marcas, portanto, o marketing digital, redes sociais e o e-commerce são canais de extrema importância para os comércios varejistas. 

Entretanto, Miguel ressalta que os canais digitais e e-commerces não representam o fim dos pontos físicos, mas são aliados para potencializar comércios varejistas que podem transformar a experiência que oferecem em suas lojas presenciais. 

Portanto, o aumento do compromisso é o de proporcionar, mesmo em pontos físicos, uma experiência que envolva facilidades digitais, melhorando a experiência do cliente.

O aumento do e-commerce é uma tendência potencializada pelo pandemia (Imagem: Freepik/@snowing)

2. Compras sociais 

Hoje, 64% da população mundial realiza compras por meio das mídias sociais. De acordo com o estudo do Tiendeo, nos próximos 12 meses cerca de 58% dos executivos do setor varejista vão aumentar o investimento publicitário nas redes sociais.

Dessa forma, esta é uma tendência mundial que está em alta para este ano, sendo crucial para não perder clientes que priorizam realizar compras desta forma. 

Durante a conversa em entrevista com Miguel, o crescimento das compras sociais, não só via e-commerces e marketplaces, mas também por redes sociais como o Instagram foi algo destacado, sendo parte desta tendência para esse ano. 

3. Experiência do cliente acima de tudo

Apesar das possibilidades que o online proporciona, a concorrência também é potencializada e, portanto, proporcionar a melhor experiência possível ao cliente é essencial. 

Considerar a experiência do cliente é um o ponto central da estratégia de marketing, dessa forma, é um ponto indispensável para não perder clientes em 2022. 

Para Miguel, este é o ponto central, visto que todas as tendências, ações e estratégias precisam ser pensadas na experiência do cliente, em proporcionar o que ele busca e, assim, manter a relevância no mercado e o digital é um grande aliado para isto. 

“Não podemos ficar apenas com a visão de investimento em publicidade digital, o canal digital ele é muito mais do que este investimento, é relacionamento, é o CRM, a ferramenta de automação”, afirma Miguel ao falar do uso do digital para experiência do cliente.

A experiência do cliente se destaca entre os aspectos mais importantes da estratégia de Marketing (Gráfico: Divulgação Tindeo)

4. Lojas mais disruptivas

As lojas do futuro tendem a contar com manequins digitais que conhecem a preferência do consumidor, lojas com auto pagamento sem caixas eletrônicos, prateleiras inteligentes que verificam a disponibilidade de produtos e muito mais! 

Logo, pensar nestas alternativas é essencial para o cenário que explora lojas mais disruptivas e proporcionam esta experiência ao consumidor.

Miguel afirma que as lojas físicas ainda tem e vão continuar tendo grande impacto, contudo, é preciso modernizar e trazer recursos que proporcionem autonomia ao consumidor, bem como uma experiência personalizada, ágil e digital, ainda que no ambiente físico. 

5. Economia circular

Em 2022, as marcas varejistas precisam encontrar o equilíbrio entre o crescimento econômico e a sustentabilidade para não perderem seus clientes. 

Para isto, a Economia Circular é uma alternativa que define ciclos de produção fechados, com máximo aproveitamento dos recursos naturais e utilização do digital como forma de promover a sustentabilidade

O equilíbrio entre a sustentabilidade e crescimento econômico é essencial para o varejo (Imagem: Pixabay/geralt)

Guia para se adaptar às tendências na prática 

O grande desafio dos varejistas em 2022 é compreender estas tendências e colocá-las em prática, por isso, durante a entrevista com Miguel Rojo, conversamos sobre um guia do que deve ser feito. 

Segundo Miguel, “A gente fala de velocidade de transformação, e realmente ela é importante, mas tudo tem um começo, meio e fim”, dessa forma, a adaptação na prática consiste em um diagnóstico da atual situação do varejo, estabelecimento de metas realistas e execução do plano de ação. 

Em síntese, é preciso entender em qual ponto o comércio varejista está no momento, definir metas com prazos e ações que sejam executáveis e colocar em prática, metrificando e realizando os ajustes no planejamento que sejam necessários.