O que as gestoras em ações globais estão olhando em temas de investimentos
Por Bruno Stein*
Com a temporada de resultados do segundo trimestre terminando no mercado americano e brasileiro, muitos investidores buscam consolidar o balanço geral das informações e projeções divulgadas pelas empresas para reavaliar suas carteiras e ativos. Isso ocorre tanto pela ótica de fundamentos das companhias (bottom-up) quanto do contexto macroeconômico e setorial (top-down).
Alinhado com a divulgação dos resultados, uma ferramenta simples, porém ainda fora do radar dos investidores é acompanhar o Formulário 13F da Securities and Exchange Commission (SEC, similar a CVM no Brasil). O 13F é um relatório trimestral que deve ser apresentado por todos os gestores de investimentos institucionais com pelo menos US$ 100 milhões em ativos sob gestão.
Fazendo uma consolidação do 13F das posições em ações das maiores e mais reconhecidas gestoras internacionais de investimentos, é possível analisar e acompanhar as principais posições em ações globais das gestoras. Embora esta seja uma ferramenta útil, é importante destacar que esse processo não é um guia seguro para tomar decisões de investimento, dado que os 13F são arquivados em até 45 dias após o final de cada trimestre. Ainda assim, serve para o investidor ter uma perspectiva da alocação dos grandes fundos de investimento.
Tendência global
No exterior, vê-se agora as principais conclusões do que se tem observado nos 13F do segundo trimestre de 2022. O setor de computação em nuvem (do inglês Cloud Computing) e Saas (do inglês Software as a Service, é a oferta de software como serviço) é um grande destaque setorial.
Neles, a empresa Adobe Inc é um destaque entre as principais gestoras globais, tais como, AKO Capital e Fundsmith. Além de renomadas gestoras globais na Europa, há também a Maverick Capital e Polen Capital Management, nos Estados Unidos.
Ainda no exterior, observamos novos investimentos das gestoras globais em empresas na cadeia de semicondutores, destaque na fabricante de equipamentos para semicondutores Lam Research e das gestoras de primeira linha TCI Fund Management e Viking Global Investors investindo na companhia. Quando se olha para temas com redução de investimentos, o destaque fica com a Amazon, líder americana em e-commerce, com gestoras como Third Point e Tiger Global Management diminuindo o posicionamento na empresa.
E local
Chegando no Brasil, também observa-se interesse em temas de investimentos nas cartas de gestão de grandes fundos de investimentos no mês de agosto, com a Genoa Capital e Kinitro Capital comentando sobre o setor de computação em nuvem e de empresas inseridas no tema.
De forma simples, a tese de investimentos de computação em nuvem é que o mercado global de cloud foi avaliado em US$ 483 bilhões em 2022, com expectativas sugerindo que esse mercado poderia mais que triplicar para US$ 1,5 trilhão até 2030, segundo dados da Grand View Research.
Para o investidor brasileiro com interesse no tema de computação na nuvem, além das alocações via fundos de investimentos, a Global X, uma gestora americana especializada em investimentos temáticos com cerca de US$ 45 bilhões sob gestão distribuídos em quase 100 ETFs (sigla para fundo negociado em bolsa), tem um dos maiores ETF dedicados ao tema chamado de Global X Cloud Computing com código CLOU negociado no exterior. No Brasil, a Global X tem o Cloud Computing negociado na bolsa brasileira com o código BCLO39 na forma de BDR de ETF.
Segundo o relatório de ETF temático da Global X de julho de 2022, computação em nuvem é o terceiro maior tema de investimento com cerca de 5 bilhões de dólares dentro do universo de ETFs temáticos, onde o CLOU, que é o ETF da Global X em computação na nuvem tem mais 700 milhões de dólares sob gestão.
A Global X é uma plataforma que gera valor aos investidores oferecendo uma forma de investir democrática, de baixo custo e transparente via ETFs temáticos, alternativas de renda, commodities e mercados de difícil acesso.
Em suma, a combinação da análise fundamentalista das empresas e setores (bottom-up) somados à abordagem macroeconômica (top down) podem gerar sinergias na utilização de investimentos temáticos, que podem auxiliar os investidores na construção de carteiras balanceadas e com diversificação entre temas, estilos e geografias.
*Diretor-geral da Global X ETFs Brasil
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