O que aconteceu? Sedã que fez história no país vende 9 unidades entre junho e julho
Sonho de consumo do brasileiro por duas décadas, o Honda Civic já não é nem mais a sombra do que foi no mercado brasileiro.
Basta acompanhar o levantamento da Fenabrave para entender a trajetória descendente do icônico sedan. De janeiro a setembro deste ano, o Honda Civic foi emplacado não mais do que 430 vezes, com os piores resultados observados entre os meses de maio e julho de 2023.
Durante estes três meses, foram vendidos impressionantes 16 Honda Civic 0 km, de acordo com a federação das concessionárias.
Há dez anos, o sedan médio da Honda era um dos veículos mais populares no país, tendo saído mais de 67 mil vezes.
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Preço nas alturas e mudança de gosto do consumidor penalizam Civic
Depois de um hiato no mercado brasileiro, o sedan fez nova estreia no Brasil com uma versão híbrida em 2022, conseguindo 1.996 unidades emplacadas.
Um desempenho para lá de discreto, ainda mais se comparado ao seu maior e mais clássico rival — o Toyota Corolla, que liderou o mercado de sedãs médios com mais de 42 mil emplacamentos.
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Segundo analistas do mercado de veículos, o fracasso do Civic em seu retorno ao Brasil se deve a um motivo simples: o preço de entrada do modelo 2022 não sai por menos de R$ 244.900, cerca de R$ 60 mil mais caro que o Toyota Corolla Hybrid.
Além da questão concorrencial, o Civic enfrenta uma mudança estrutural que vem afetando a procura pro sedãs em todo o mercado de veículos: a ascensão dos SUVs.
Na garagem da Honda, a predileção por utilitários esportivos se manifesta por uma procura muito maior pelo Honda HR-V, que em setembro teve mais de 4.000 emplacamentos. O SUV de entrada da marca japonesa tem preço de entrada próximo dos R$ 149 mil.