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O que aconteceu com o SVB? Entenda tudo o que se sabe desde o colapso até as medidas para conter a catástrofe

13 mar 2023, 13:19 - atualizado em 13 mar 2023, 13:19
Silicon Valley Bank, SVB
Colapso do SVB impacta mercados globais nesta segunda-feira (13) (Imagem: REUTERS/Nathan Frandino)

O colapso do Silicon Valley Bank (SVB) está repercutindo nos mercados globais, com o risco de contágio para outros bancos e impacto em startups que utilizavam o SVB como único agente financeiro.

No domingo (12), o caso levou o Federal Reserve (Fed) a convocar reunião extraordinária para intervir na situação. Com a intervenção do governo norte-americano, foi assegurado que os depósitos feitos no banco serão pagos integralmente.

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Em comunicado conjunto, o Fed, Tesouro e do FDIC (Corporação Federal de Seguro de Depósito, traduzido da sigla em inglês), anunciaram que, a partir desta segunda-feira (13), quem tem depósitos terá acesso ao dinheiro.

Vale destacar que o SVB é a maior instituição financeira a quebrar nos EUA desde o colapso no sistema financeiro em 2008, após a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers.

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Como o SVB quebrou?

Na quarta-feira (8), o banco informou a liquidação de US$ 21 bilhões em títulos com US$ 1,8 bilhão em prejuízo no 1º trimestre do ano. Além disso, a instituição planejava vender US$ 1,7 bilhão em ações e os clientes do banco correram para tirar o dinheiro. O banco perdeu quase US$ 10 bilhões da noite para o dia.

Outro ponto relevante é que o banco atuava com títulos públicos, que foram impactados pela economia dos EUA, especialmente com a alta da taxa de juros. Dessa maneira, a política monetária restritiva do Fed, com pressão dos juros, são fatores que impactaram no colapso do banco.

Ainda, grande parcela da carteira de clientes do SBC são startups do setor de tecnologia, que também sofrem com a política monetária e têm passado por um período difícil desde o último ano.

Em síntese, os principais pontos que levaram à quebra do banco são:

  • Aumento da taxa de juros dos EUA, que passou de 0,25% em 2020 para 4,75% em fevereiro deste ano;
  • Desaceleração do setor de tecnologia, que impactou as startups, principais clientes do banco, levando a saques em volume e rapidez maior do que esperado;
  • Perda de novos investimentos,
  • Investimentos no Tesouro dos EUA e títulos de dívidas públicas, que tiveram queda no valor, devido à pressão na taxa de juros;
  • Venda desses títulos com prejuízo;
  • Em tentativa de equilibrar as contas, o banco anunciou a venda de U$ 2,25 bilhões em novas ações, o que gerou pânico nas empresas com capital de risco, que retiraram dinheiro do banco de forma massiva.

Medidas anunciadas

Diante do cenário calamitoso em que o SVB se encontra, o governo dos EUA interviu com algumas medidas. Dentre elas, a garantia dos depósitos de clientes do banco, mesmo os que estão acima do limite previsto pela lei, de US$ 250 mil.

Esta ação visa conter uma corrida de saques nos bancos de pequeno porte de clientes que tenham valores acima deste limite.

Ainda, será criado um programa de empréstimo de emergência para oferecer recursos aos bancos, que temem um efeito cascata devido ao colapso do SVB. O programa tem US$ 25 bilhões em recursos do Tesouro.

Os recursos, então,serão oferecidos em troca de títulos do Tesouro dos EUA, dívidas e títulos lastreados em hipotecas.

“Hoje estamos tomando medidas decisivas para proteger a economia dos EUA, fortalecendo a confiança do público em nosso sistema bancário. Esta etapa garantirá que o sistema bancário dos EUA continue a desempenhar seu papel vital de proteger os depósitos e fornecer acesso ao crédito para famílias e empresas de maneira a promover um crescimento econômico forte e sustentável”, diz a nota.