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O que acontece com a celulose? Itaú BBA, Bradesco e Santander explicam

12 dez 2018, 15:39 - atualizado em 12 dez 2018, 15:45

Suzano

Diante da recente queda nesta semana de ações pertencentes ao setor de papel e celulose, as instituições de análise Itaú BBA, Bradesco e Santander divulgaram relatórios a seus clientes, nos quais analisam o panorama atual do segmento e as perspectivas para o médio prazo.

Para o Itaú BBA, o fluxo de notícias negativas no setor pesa contra. O banco destaca que os preços de fibra curta caíram 15% na China sobre os volumes à vista de fornecedores menores, “uma vez que produtores brasileiros evitaram conceder descontos à custa de quase nenhum embarque no mês”. No mesmo sentido, os preços de fibra longa registraram queda igual em novembro. Para dezembro, espera-se novamente queda, conforme os analistas.

Médio prazo favorece

Por sua vez, o Bradesco destaca a queda de 4% nesta semana dos preços de celulose de fibra curta na China, movimento descendente visto também nos preços de fibra longa. Na Europa, cenário semelhante: queda nos preços da curta e da longa. “A Suzano (SUZB3) e a Fibria (FIBR3) aparentemente ainda estão mantendo o preço de venda de US$ 770/ton. (e não acreditamos que isso se mantenha por muito mais tempo, já que eles provavelmente estão consumindo estoques rapidamente)”, concluem os analistas.

Neste panorama, a equipe de análise destaca o fato da Suzano/Fibria não praticar um desconto, o que se traduz em pressão nos preços da celulose. Por outro lado, no médio prazo, os analistas esperam recuperação da demanda. Desta forma, o Bradesco recomenda compra das ações da Suzano, elegendo-as como top pick do setor no Brasil e na América Latina, com preço-alvo de R$ 60,00 por ação. Em relação a Fibria, viés mais conservador: recomendação neutra e preço-alvo de R$ 26,00.

Resiliência

Por último, o Santander destaca a resiliência do setor de papel e celulose, mesmo em meio a guerra comercial existente entre EUA e China. “Em nossa opinião, os fundamentos de longo prazo continuam saudáveis, e os retornos, múltiplos de valuation e alavancagem financeira mostraram melhoria no curto prazo”, declara a instituição, listando recomendação de compra para as ações da Suzano, com preço-alvo de R$ 55,00 por ação. Já os papéis da Fibria possuem recomendação de “manutenção”, com preço-alvo de R$ 80,00.

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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