O que a XP viu em construtora que dispara 85% em 2023 e chama de ‘joia’?
A XP iniciou a cobertura da construtora e incorporadora Moura Dubeux (MDNE3) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 16,50 por ação ordinária, vendo a companhia como uma “joia do Nordeste”.
Os analistas de real estate avaliam que os papéis da MDNE3 têm potencial de valorização de 53% até o fim de 2024, ante o preço atual acima de R$ 10. No acumulado de 2023, até o fechamento de sexta-feira (17), as ações da construtora e incorporadora saltavam 85%.
Sendo assim, a equipe da casa de investimentos comenta que a empresa de construção civil provavelmente manterá sua posição dominante na região Nordeste, tendo participação de mercado de 20% considerando os lançamentos entre 2012 e 2021.
Eles destacam o forte desempenho de lançamentos, no qual preveem crescimento de 8,1% na base anual para 2024, “em meio à significativa falta de concorrência” na região.
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Construtora com margens acima dos pares
O otimismo da XP com a Moura Dubeux também passa pelas margens.
Segundo os analistas, a perspectiva é de que a companhia tenha margem bruta consistente em comparação com os pares do setor, de 34,9% ao fim de 2024 ante média de 31,8% de empresas do mesmo segmento de atuação no mesmo período.
Isso deve-se, diz a XP, à combinação de controle de custos, que ajuda as margens do segmento de incorporação. Como também margem bruta atrativa proveniente do modelo de negócios de condomínios, podendo crescer 47% no ano que vem.
Além disso, os analistas sugerem um significativo potencial de crescimento do lucro por ação da companhia, de 36% no comparativo anual para o próximo ano. “Vemos a Moura Dubeux como uma combinação consistente de crescimento e rentabilidade”, reforçam.
Por outro lado, alguns fatores macroeconômicos e do setor imobiliário podem afetar o desempenho dos papéis da MDNE3, como taxas e a disponibilidade de financiamento e uma concorrência mais acirrada do que o esperado no Nordeste.
“Como também a inflação dos custos da construção civil acima do esperado, riscos de execução dado o aumento dos canteiros de obras da empresa e a baixa liquidez das ações da construtora”, pondera a XP.