O que a BlackRock indica para os investidores em tempos voláteis
Com as bolsas mundiais subindo e descendo em tempos instáveis, as gestoras de dinheiro têm tomado algumas decisões para garantir a segurança dos clientes.
A BlackRock que administrou US$ 9,75 trilhões em ativo no primeiro trimestre deste ano, por exemplo, disse, em nota aos clientes, que tem “dado alguns passos à medida que as ações e os títulos passam por uma rara liquidação simultânea”.
“Reduzimos ligeiramente o risco em uma perspectiva macroeconômica pior. Também vemos pouca chance de um cenário econômico perfeito de inflação baixa e crescimento zunindo”, disse Jean Boivin, chefe do BlackRock Investment Institute, segundo o Business Insider.
Mesmo assim, para Boivin, a fase ruim dos mercados podem trazer novas oportunidades para as pessoas, uma vez que “tudo está ficando mais barato e bastante rápido”.
“A dramática liquidação deste ano restaurou algum valor nos bolsos do mercado”, afirmou. “Nós nos aquecemos para os títulos do governo europeu porque acreditamos que as expectativas do mercado de aumentos de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) são muito duras.”
Para ele, o BCE não deve aumentar as taxas de juros tão rapidamente, agindo com “cuidado por causa do choque energético que a Europa está enfrentando como resultado da invasão russa da Ucrânia, que interrompeu o fornecimento de gás natural e aumentou os custos de energia para nações, empresas e consumidores”.
É por isso que, segundo ele, os títulos são “geralmente pouco atraentes, mas, neste caso, faz sentido como uma forma de reduzir os riscos representados por um choque de crescimento que atinge as ações europeias”.
Boivin ainda afirma que está otimista em relação às ações, embora o aumento das taxas de juros não seja uma boa notícia para o mercado de renda variável. Para o analista da BlackRock, a alternativa ainda é melhor que investir em renda fixa.
“Acreditamos que o Fed, em última análise, não aumentará as taxas além do neutro — um nível que não estimula nem diminui a atividade econômica”, disse. “Acreditamos que a eventual soma de aumentos de juros será historicamente baixa, dado o nível de inflação. Isso significa que ainda favorecemos ações em vez de renda fixa.”
O especialista afirmou na nota que prefere ações de mercados desenvolvidos, em especial do Japão e dos Estados Unidos. Segundo ele, as ações da China trazem um viés pessimista, rebaixando-as para uma recomendação “neutra”.
“As perspectivas de crescimento para a China, a segunda maior economia do mundo, estão se deteriorando rapidamente em meio a bloqueios generalizados na tentativa de impedir a propagação do Covid”, continuou. “Os investidores estrangeiros podem enfrentar mais pressão para evitar ativos chineses por motivos regulatórios ou outros” — incluindo o relacionamento da China com a Rússia.
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