Opinião

Opinião: O PSL é o laranja de Bolsonaro

16 fev 2019, 22:59 - atualizado em 16 fev 2019, 23:07
Jair Bolsonaro participa da transmissão de cargos dos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Gustavo Bebbiano (Secretaria-Geral), general Carlos Alberto Santo Cruz (Secretaria de Governo) e general Augusto Heleno (Gabinete da Segurança Institucional) – Antonio Cruz/Agência Brasil

Por Gustavo Kahil, editor do Money Times

Diferentemente de outros partidos grandes, ou que foram expressivos um dia, onde o presidente da sigla sempre foi uma das figuras principais – PSDB com Aécio, Lula com PT ou o João Amôedo com o Novo -, o PSL não era uma sigla que tinha uma estrutura para lançar um candidato com algum dos seus antigos membros à presidência.

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A vitória de 2018 se deu em um caso em que o candidato adotou um partido.

Ou seja, Gustavo Bebianno, não tem ou merece a lealdade dos 52 deputados federais e 4 senadores alçados à Brasília, tal como ele exigiu até de Jair Bolsonaro em um desabafo literário em seu Instagram.

“O desleal, coitado, viverá sempre esperando o mundo desabar na sua cabeça”, disse o provável ex-ministro da Secretaria-Geral citando um texto atribuído ao escritor Edgard Abbehusenm. “Saímos de qualquer lugar com a cabeça erguida ao carregar no coração a lealdade”.

Oras, não fosse Bolsonaro, PSL continuaria sob a escuridão e parceria dos partidos nanicos, que vivem, como todos sabem, da prática nefasta de laranjas e gráficas.

O PSL é, na verdade, a laranja de Bolsonaro, e deve à ele a lealdade. Não o contrário. O mesmo serve para o deputado federal Luciano Bivar, presidente atual da sigla.

Imagine um cenário em que Bolsonaro e seus filhos criam um partido? Qual seria a debandada do PSL?

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