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O programa do governo que une Gerdau (GGBR3; GGBR4), Vamos (VAMO3) e Volkswagen

24 ago 2023, 12:38 - atualizado em 24 ago 2023, 12:38
Caminhoneiros
A renovação de frotas, programa lançado pelo governo federal em junho, contempla da parceria da Gerdau, Vamos e Volskwagen. (Imagem: Valter Campanato/ Agência Brasil)

Em uma parceria entre as empresas Gerdau (GGBR3; GGBR4), a concessionária da Transrio e Tietê, Vamos (VAMO3) e a Volkswagen Caminhões e Ônibus, será possível retirar de circulação 100 caminhões com mais de 20 anos de uso.

Isso se dá devido ao programa de renovação de frotas do Governo Federal, que foi lançado em junho e tinha a previsão de duração de apenas quatro meses.

Segundo nota, até o momento, as empresas de ônibus e caminhões usaram 27% dos recursos disponíveis para o programa. Os veículos de transporte de passageiros e cargas obtiveram R$ 1 bilhão em créditos tributários, divididos em R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus.

“Indústria é agregação de valor, é renda e inovação. É preciso fortalecer a indústria para ajudar o Brasil a se fortalecer”, afirmou o vice-presidente, Geraldo Alckmin.

A Vamos investiu mais de R$ 4 milhões, fazendo uma prospecção de caminhões em locais onde se concentra esse tipo de veículo, para que assim, fosse realizada a aquisição dos 100 caminhões com mais de 20 anos de fabricação e que eram de propriedade de motoristas autônomos.

Logo em seguida, vem o papel da Gerdau, que é a maior recicladora de sucata ferrosa da América Latina. Ela será responsável por transformar os veículos em matéria-prima para a produção de aço 100% reciclável e com uma baixa pegada de carbono, assim, se encerrando o ciclo de vida do caminhão em linha com a economia circular.

“Essa parceria que estamos anunciando hoje é um exemplo da nossa confiança no ambiente favorável de negócios que temos aqui no Brasil, e contribui para o fortalecimento do setor industrial brasileiro como um todo”, finalizou o vice-presidente da Gerdau, Rubens Pereira.

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Renovação de Frota: Veículos de Autônomos

Em julho, por meio de uma portaria publicada, o Governo Federal permitiu que as empresas tivessem acesso ao benefício dos caminhões antigos de motoristas autônomos, facilitando o acesso dos profissionais do volante.

Até o momento apenas 14% do montante disponível havia sido utilizado, visto que o proprietário autônomo não dispunha de recursos ou crédito para aquisição de um zero quilômetro, ainda que financiado.

O programa facilita a compra de veículos mais sustentáveis por autônomos e pessoas jurídicas, além de manter o mercado automotivo fluindo, juntamente da cadeia produtiva do setor.

Renovação de Frota: Quais são os objetivos do programa?

Segundo o texto, os objetivos do programa são:

  • proporcionar mais qualidade de vida e rentabilidade para os motoristas autônomos;
  • elevar a produtividade do sistema logístico brasileiro;
  • contribuir com a economia e futuro mais sustentável, reduzindo a emissão de partículas poluentes e acidentes de trânsito;
  • e que os ônibus e caminhões no fim da vida útil e com destinação da sucata, sejam retirados de circulação.

Segundo Alckmin, é preciso ser feito um esforço para reduzir os acidentes rodoviários, e são nessas ocasiões que a renovação de frota por veículos novos com mais segurança entra.

“Reduz acidente, que é a terceira causa de morte no Brasil, e por outro lado tem um ganho ambiental duplo. Primeiro, o caminhão/ônibus novo vai poluir muito menos. Segundo, quando há renovação de frota, há reciclagem, emitindo menos carbono”, afirma Alckmin.

O vice-presidente ainda mencionou, durante o evento da Gerdau em Araçariguama, que há uma linha de financiamento de R$ 1 bilhão, atrelada à taxa Selic pós-fixada, para aquisição de caminhões novos, em desenvolvimento junto ao BNDES.

Renovação de Frota: Como ter direito aos descontos?

Com a previsão de descontos que variam entre R$ 33,6 mil e R$ 99,4 mil, o comprador precisa entregar um veículo que tenha o equivalente de 20 anos ou mais de uso para a reciclagem, para que assim, seja dada a baixa no Detran.

Dessa forma, a obrigatoriedade, que é um fator fundamental para que o programa cumpra seu compromisso com a descarbonização, acaba tornando as negociações mais lentas, devido aos procedimentos específicos de cada departamento estadual de trânsito e à capacidade das recicladoras.

Porém, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou no último mês, uma deliberação que simplifica os procedimentos de baixa, o que deve acelerar os processos a partir de agora. Confira o documento: