O problema de Usiminas (USIM5) em 2023, segundo Itaú BBA
O Itaú BBA rebaixou a recomendação de Usiminas (USIM5) para “market perform” (desempenho esperado em linha com a média do mercado), com um novo preço-alvo ao fim de 2023 de R$ 8.
O corte reflete uma postura mais conservadora sobre a divisão de aço da companhia, explica o time de análise da instituição.
“A rentabilidade da Usiminas provavelmente deve ficar pressionada em 2023, considerando que no primeiro semestre a companhia se envolverá mais em um negócio de ‘margem móvel’ – usando mais placas adquiridas de terceiros devido à manutenção do Alto-Forno 3”, afirmam Daniel Sasson e equipe, em relatório publicado nesta quarta-feira (21).
Na avaliação do BBA, apesar da forte geração de caixa de 9% esperada para 2023, existe potencial de alta limitado para a ação, que é negociada a 4,1 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) para ano que vem.
O BBA estima uma queda anual de 13% dos preços domésticos do aço para a Usiminas, tendo como principais fatores preços globais menores e negociações com o setor automotivo caminhando para um desconto de 10-15%.
A instituição tem nova projeção de Ebitda a R$ 3 bilhões em 2023, queda de quase 40% no comparativo anual, influenciado por um aumento de custos e crescimento estável dos volumes de aço doméstico no próximo ano.
Dentro do universo, Gerdau (GGBR4) se sobressai como preferência de BBA. Em papel e celulose, Suzano (SUZB3) é a top pick dos analistas, uma vez que avaliam que a companhia continua oferecendo uma proposta de risco-retorno atrativa.