O ‘preço’ mais importante do mundo não para de subir
“Au au au, cinco pesos um real”, gritávamos eu e outros torcedores do Palmeiras para a torcida do Boca Jrs no estádio La Bombonera. Era semifinal de Libertadores e o ano era 2018. O grito, autoexplicativo, era por causa da desvalorização da moeda argentina na época.
5 anos depois, voltei para o mesmo La Bombonera para mais uma semifinal de Libertadores. Esse grito não se repetiu porque ele ficaria longo demais, já que com 1 real hoje posso comprar 150 pesos.
De 5 para 150 pessoas. Levei o equivalente a R$ 500 em pesos para dois dias de viagem e simplesmente não consegui gastar tudo.
Infelizmente, o empobrecimento da Argentina não foi suficiente para o Palmeiras vencer o duelo (tal qual foi em 2018), mas não precisamos falar disso. A reflexão aqui é sobre a percepção do quanto vale o dinheiro, em um momento em que estamos passando por uma grande reprecificação no mundo.
Ora, quanto vale o dinheiro? Você pode mensurá-lo de duas formas: a primeira está na taxa de câmbio (quantos desse dinheiro eu compro com este outro dinheiro que tenho?) e a segunda, que é a que tem deixado o mercado estressadíssimo, está nos juros praticados por este país (quantos dinheiros eu pagarei por um empréstimo, ou receberei para emprestar para alguém?).
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