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O “poderoso fator” que deve proteger Suzano (SUZB3) da queda do dólar e da inflação

23 mar 2022, 14:52 - atualizado em 23 mar 2022, 14:52
Suzano
Preços elevados da celulose devem mitigar os riscos de uma moeda real mais valorizada, afirma o Bradesco BBI (Imagem: REUTERS/Stringer)

A desvalorização do dólar em relação ao real, somada à inflação crescente, tem colocado os investidores em alerta com relação aos resultados da Suzano (SUZB3).

Embora o Bradesco BBI reconheça que esses dois motivos vão prejudicar os números da empresa de papel e celulose em 2022, ela vê um “poderoso fator” compensando as pressões no período.

Na avaliação da corretora, os preços elevados da celulose, que têm surpreendido de maneira positiva, devem mitigar os riscos de uma moeda real mais valorizada e dos efeitos negativos da inflação.

Vale lembrar que a Suzano reajustou os preços entre o fim de maio e o início de abril. A partir do próximo mês, o preço da tonelada de celulose da empresa vendida a clientes na Ásia subirá em US$ 100 a partir do próximo mês. Para a América do Norte e a Europa, os valores foram reajustados em US$ 50 para cima.

O BBI acredita que a Suzano deve registrar uma desalavancagem relevante mesmo nos cenários mais conservadores (algo que o mercado parece não estar levando em consideração, na opinião dos analistas), uma vez que a dívida da companhia é majoritariamente em dólares (97%), enquanto a estratégia de hedge em reais deve gerar frutos.

Três cenários

O BBI delineou três cenários para a celulose e as implicações para cada situação:

No cenário um, com o preço de celulose de fibra curta em US$ 720/tonelada, o câmbio a R$ 5,10 e o custo caixa de celulose em cerca de R$ 930 a tonelada (+35% em base anual), a Suzano negociaria a 5,1x EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) para 2022 (15% de fluxo de caixa yield excluindo crescimento).

No segundo cenário, com o preço da celulose de fibra curta a US$ 690/tonelada, câmbio a R$ 4,90 e custo caixa da celulose a R$ 930/tonelada, a Suzano negociaria a 5,8 vezes EV/Ebitda 2022 (13% de fluxo de caixa yield excluindo crescimento).

Por fim , o terceiro e último cenário, com os preços spot (ou seja, câmbio a R$ 4,90/dólar, celulose de fibra curta a US$ 780/tonelada e custo caixa/tonelada de celulose a R$ 860/tonelada), a empresa seria negociada a 4,5 vezes EV/EBITDA 2022 (18% fluxo de caixa yield excluindo crescimento).

O BBI segue com recomendação de compra para a ação da Suzano.

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