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O pior já passou para a Simpar? Isso é o que dizem os analistas

17 nov 2020, 12:59 - atualizado em 17 nov 2020, 12:59
JSL
Na visão do BB, a percepção dos investidores é que o modelo de negócio diversificado e resiliente da Simpar tem potencial de oferecer rentabilidade e crescimento no longo prazo (Imagem: Facebook da JSL)

Os analistas do Banco Safra, BB Investimentos e BTG Pactual avaliaram que o pior já passou para a Simpar (SIMH3) e para os setor de logística, que está se tornando “imune” aos efeitos do coronavírus.

De acordo com o balanço financeiro, a holding registrou lucro líquido consolidado de 96 milhões de reais de julho a setembro, alta de 45,2% ano a ano, em trimestre marcado pela reorganização societária do grupo, com IPO da unidade de logística JSL (JSLG3).

O resultado operacional medido pelo Ebitda cresceu 14,8% na comparação anual, para 587,5 milhões de reais, com a margem chegando a 32,4%, de 28,9% um ano antes.

“Apesar do impacto residual da crise em nossas operações no 3T20, acreditamos que o pior cenário ficou para trás, visto que desde abril a dinâmica dos resultados têm evoluído positivamente “, disse o grupo no material de divulgação do balanço.

A empresa também registrou redução na alavancagem medida pela dívida líquida/Ebitda para 3,3 vezes no trimestre, menor índice nos últimos 10 anos, ante 3,9 vezes no segundo trimestre e 3,6 vezes um ano antes.

Na visão do BB, a percepção dos investidores é que o modelo de negócio diversificado e resiliente da Simpar tem potencial de oferecer rentabilidade e crescimento no longo prazo.

O BTG também confia nessa visão de longo prazo, apesar do cenário fraco mundialmente para o quarto trimestre deste ano. A positividade é baseada nas fortes perspectivas de crescimento (expansão da tendência de terceirização de veículos no Brasil); desalavancagem; aumento da lucratividade e valuation atraente.

Outro lado positivo pontuado pelo Safra é a diminuição nos custos da companhia. “A redução das despesas financeiras líquidas vem  principalmente da redução de 8% nas despesas financeiras, em função da queda observada nas taxas de juros. O crescimento da receita da empresa foi impulsionado principalmente pela recuperação da Movida, cuja receita cresceu 4% na comparação anual e da Vamos, cuja receita cresceu 48% no ano, com um forte aumento nos negócios de concessionárias”, avaliou o banco.

Em geral, a visão é positiva e todos os analistas recomendaram a compra dos ativos, com preço-alvo de R$ 37,1 do BB Investimentos, R$ 39 do BTG e R$ 21,5 do Safra.

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