Economia

O pior já passou? Economia global dá sinais de estabilização

05 nov 2019, 21:50 - atualizado em 05 nov 2019, 21:50
Uma onda de cortes de juros pelos bancos centrais, inclusive nos EUA, e maiores esperanças em um acordo comercial entre EUA e China aumentam a confiança nos mercados financeiros (Imagem: REUTERS/Leah Millis)

Quem sabe o pior já passou na maior desaceleração da economia mundial em uma década.

Uma onda de cortes de juros pelos bancos centrais, inclusive nos EUA, e maiores esperanças em um acordo comercial entre EUA e China aumentam a confiança nos mercados financeiros, ao mesmo tempo em que importantes indicadores econômicos mostram sinais de estabilização após quedas recentes.

Ainda não se espera uma recuperação robusta, porém a melhora relativa pode aliviar o temor de apenas algumas semanas atrás, quando se dizia que a economia mundial estava se aproximando da recessão.

Aparentemente, esse contexto é suficiente para Jerome Powell, o presidente do banco central americano (Federal Reserve), e outras autoridades implementarem uma pausa na distribuição de estímulo monetário.

“Vemos várias razões para estabilização no crescimento global em 2020 versus 2019”, disse David Mann, economista-chefe da Standard Chartered em Cingapura, que compartilha a expectativa do Fundo Monetário Internacional de aceleração da expansão global no ano que vem.

Entre os motivos de confiança está o fato de o índice global da indústria de transformação do JPMorgan Chase ter se aproximado do território positivo, com fortalecimento de produção e encomendas, apesar de ter recuado pelo sexto mês consecutivo em outubro.

Nos EUA, o indicador de atividade fabril do Institute for Supply Management (ISM ou Instituto de Gestão de Suprimentos) se estabilizou em outubro.

Jerome Powell
O governo anunciou criação de empregos acima do esperado e os dados de contratações dos dois meses anteriores foram revisados para cima (Imagem: REUTERS/Sarah Silbiger)

Na sexta-feira, o governo anunciou criação de empregos acima do esperado e os dados de contratações dos dois meses anteriores foram revisados para cima. O índice ISM para o setor de serviços também dá sinais de avanço.

Na Europa, também há sinais favoráveis, após uma fase de pressões oriundas da guerra comercial e do Brexit. Na zona do euro, a economia cresceu mais do que o previsto no terceiro trimestre. Embora a Alemanha talvez já esteja em recessão, o Instituto Ifo relatou melhora das expectativas das fábricas associadas em outubro.

Na Ásia, os estoques de semicondutores na Coreia do Sul registraram em setembro o maior recuo em mais de dois anos, sinalizando que a fase de fraqueza do setor de tecnologia global está chegando ao fim.

Os mercados financeiros estão em sintonia com esse otimismo. Os principais índices acionários dos EUA bateram recordes na segunda-feira e o rendimento dos títulos do Tesouro americano com prazo de 10 anos subiu. As bolsas também avançaram na Europa e Ásia.

“Eu apenas observo a combinação fiscal/monetária, é a mais estimulante que já vi”, disse o bilionário Paul Tudor Jones, gestor de fundos de hedge, na terça-feira. “Não é de admirar que o mercado acionário esteja atingindo novas máximas. É literalmente o ambiente mais propício, certamente no curto prazo, para crescimento e força da economia que eu já vi.”

Entre os motivos de confiança está o fato de o índice global da indústria de transformação do JPMorgan Chase ter se aproximado do território positivo, com fortalecimento de produção e encomendas, apesar de ter recuado pelo sexto mês consecutivo em outubro.

Nos EUA, o indicador de atividade fabril do Institute for Supply Management (ISM ou Instituto de Gestão de Suprimentos) se estabilizou em outubro. Na sexta-feira, o governo anunciou criação de empregos acima do esperado e os dados de contratações dos dois meses anteriores foram revisados para cima. O índice ISM para o setor de serviços também dá sinais de avanço.

Na Europa, também há sinais favoráveis, após uma fase de pressões oriundas da guerra comercial e do Brexit. Na zona do euro, a economia cresceu mais do que o previsto no terceiro trimestre. Embora a Alemanha talvez já esteja em recessão, o Instituto Ifo relatou melhora das expectativas das fábricas associadas em outubro.

Na Ásia, os estoques de semicondutores na Coreia do Sul registraram em setembro o maior recuo em mais de dois anos, sinalizando que a fase de fraqueza do setor de tecnologia global está chegando ao fim.

Os mercados financeiros estão em sintonia com esse otimismo. Os principais índices acionários dos EUA bateram recordes na segunda-feira e o rendimento dos títulos do Tesouro americano com prazo de 10 anos subiu. As bolsas também avançaram na Europa e Ásia.

“Eu apenas observo a combinação fiscal/monetária, é a mais estimulante que já vi”, disse o bilionário Paul Tudor Jones, gestor de fundos de hedge, na terça-feira. “Não é de admirar que o mercado acionário esteja atingindo novas máximas. É literalmente o ambiente mais propício, certamente no curto prazo, para crescimento e força da economia que eu já vi.”

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