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O pior ficou para trás para o Santander e ações estão atraentes, diz Safra

11 ago 2020, 12:11 - atualizado em 11 ago 2020, 13:05
SANB3 Santander Bancos
“Em seu balanço, o Santander sinalizou menores despesas com provisões nos próximos trimestres, o que indica que a pressão sobre os ganhos deve diminuir gradualmente”, destacou o Safra (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

O Safra revisou as estimativas para o Santander Brasil (SANB11) após incorporar os resultados do segundo trimestre de 2020 à tese. Os analistas mantiveram a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) e elevaram o preço-alvo da ação para R$ 46 por acreditarem que o pior já passou para a companhia, que continua sendo um bom nome em meio à recuperação do setor bancário.

“Embora seja cedo para afirmar quando os créditos não produtivos (NPL, na sigla em inglês) devem atingir o pico, esperamos que os resultados comecem a melhorar a partir de agora”, afirmaram Luis F. Azevedo e Silvio Dória, autores do relatório divulgado aos clientes.

Entre abril e junho deste ano, o Santander apresentou uma queda de 41,2% do lucro líquido recorrente ante o mesmo período de 2019, com o valor totalizando R$ 2,1 bilhões.

As provisões para perdas com operações de crédito mais do que dobrou no comparativo anual, para R$ 6,5 bilhões.

Novas estimativas

O Safra assumiu que o NPL subirá no primeiro trimestre de 2021, mas a um nível menor, de 4,2%. Com uma expectativa maior sobre o indicador, o time de análise aumentou as projeções de ganhos para 2020 em 16,8%, a R$ 12,3 bilhões, e em 2,5% para o próximo o ano, a R$ 13,8 bilhões.

“Em seu balanço, o Santander sinalizou menores despesas com provisões nos próximos trimestres, o que indica que a pressão sobre os ganhos deve diminuir gradualmente”, destacaram Azevedo e Dória. Os analistas cortaram em 12% as estimativas para as provisões de perdas com empréstimos em 2020.

Os múltiplos do Santander estão em linha com os pares, com a ação sendo negociada a 8,3 vezes o P/L (preço sobre lucro) para o fim de 2021 (contra 8,2 vezes dos pares). Pelo novo preço-alvo, o papel é negociado a 12,4 vezes o múltiplo P/L para o mesmo intervalo.

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