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Pior acordo de financiamento desde 2008: entenda como compra do X, por Musk, foi ruim para os bancos

27 ago 2024, 14:58 - atualizado em 27 ago 2024, 14:58
Elon Musk, Twittter, X, Redes Sociais, Empresas
'O maior acordo suspenso desde a crise financeira de 2008, e um dos maiores de todos os tempos'; entenda o erro de Musk ao comprar o X. (Imagem: REUTERS/Gonzalo Fuentes)

O empréstimo de US$ 13 bilhões que Elon Musk recebeu de bancos em 2022, para viabilizar a compra do Twitter — agora chamada de X –, se tornou ‘o pior acordo de financiamento a aquisições’ desde a crise financeira global de 2008, segundo o Wall Street Journal.

Em outubro de 2022, o acordo foi viabilizado por sete bancos: Morgan Stanley, Bank of America (BofA), Barclays, Mitsubishi UFJ Financial Group (MUFG), BNP Paribas, Mizuho e Société Générale.

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Quando uma operação dessa é feita, os bancos que fornecem os empréstimos para aquisições geralmente vendem a dívida rapidamente para outros investidores, visando retirá-la de seus balanços e ganhar dinheiro com taxas.

No entanto, neste caso, os bancos não conseguiram se livrar da dívida sem incorrer em grandes perdas.

Musk e a compra do X: como o acordo virou o pior de ‘todos os tempos’?

A compra foi de US$ 44 bilhões — dos quais US$ 13 bilhões foram obtidos por meio dessas captações. Além da rede social, o bilionário é CEO da SpaceX e da Tesla.

O WSJ aponta, que o fraco desempenho financeiro da plataforma deteriorou o valor dos empréstimos, fazendo com que muitos ficassem “pendurados”, no jargão do setor, nos balanços contábeis dos bancos envolvidos.

As baixas contábeis prejudicaram os ‘livros de empréstimos’ dos bancos e, nesse caso, foram um fator no qual reduziu a remuneração do departamento de fusão de um banco.

De acordo com dados da consultoria americana PitchBook LCD, o desempenho inferior persistente da rede social, colocou o negócio em território histórico e no patamar de ‘pior acordo de financiamento’.

Steven Kaplan, professor de finanças da Universidade de Chicago que acompanha esses acordos desde a década de 1980, disse ao jornal que o Twitter não é apenas o maior acordo suspenso em valor em dólares desde a crise financeira de 2008, mas um dos maiores de todos os tempos. “Os empréstimos pesaram sobre os bancos por muito mais tempo do que outros acordos suspensos que vimos”, disse.

No início deste ano, os bancos discutiram um possível plano para reestruturar o acordo, no qual Musk poderia pagar parte da dívida pendente da rede social, e os bancos concordariam em reduzir os pagamentos de juros. No entanto, não foi dada sequência, informou o jornal.

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Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
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