O papel da Relatable Organization na humanização das relações corporativas

Relatable é uma palavra em inglês que, como muitas, difícil de uma tradução simples. Significa empatia, flexibilidade e a habilidade de se relacionar com o outro.

Com a pandemia do Coronavírus, as organizações tiveram a oportunidade de repensar e transformar os seus modelos de trabalho, com o objetivo de garantir um ambiente mais saudável, sustentável e que centralize o bem-estar de todas as partes envolvidas. Ou seja, se tornando mais “relatable”.

Nesse cenário, os departamentos de Recursos Humanos ganharam ainda mais destaque e importância para o desenvolvimento das organizações.

Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, as organizações que estão adotando modelos mais flexíveis e empáticos com os funcionários estão ganhando vantagem em relação aos seus concorrentes.

Hoje, mais do que nunca, as pessoas querem trabalhar com a empresa e não apenas para a empresa.

Essa parceria só é possível por meio do alinhamento de expectativas, valores e agendas, o que chamamos de Relatable Organization, ou em uma livre tradução, a organização que realmente se importa!

Os resultados do estudo Global Talent Trends da Mercer, de 2022, realizado com quase 11 mil executivos C-level, líderes de RH e colaboradores de empresas ao redor do mundo, corroboram a importância de as organizações transformarem sua cultura organizacional, priorizando relacionamentos mais próximos e saudáveis.

O estudo aponta cinco tendências para construir uma Relatable Organization: ambientes mais flexíveis em seus formatos, relações mais empáticas entre as pessoas e respeito a seus modos de ser, organizações mais centradas na potencialização das relações, políticas e estruturas que levem em conta o colaborador em seu processo evolutivo de transformação, e construção de uma jornada completa dos colaboradores, centrada na criação do life experience, isto é, garantir uma experiência completa para o desenvolvimento dos colaboradores.

A partir dessas tendências, podemos pensar em um mundo corporativo cada vez mais empático, relacional e que busque, de fato, o crescimento mais sustentável e responsável não apenas da organização e seus funcionários, mas, também, de toda a sociedade.

Antonio Salvador é diretor-executivo da Mercer Brasil

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