O país quer distância de radicais, diz João Doria sobre Eduardo Bolsonaro
O governador de São Paulo, João Doria, disse nesta quinta-feira (31) que o Brasil “quer distância dos radicais que pregam medidas de exceção e atentam contra a Constituição”.
A declaração faz parte de uma nota à imprensa enviada por sua assessoria após as repercussões acerca de um posicionamento realizado pelo deputado federal, Eduardo Bolsonaro.
O parlamentar disse, em uma entrevista à jornalista Leda Nagle divulgada no Youtube nesta quinta-feira, que presidente, Jair Bolsonaro, poderia lançar mão de um instrumento como o AI-5 caso a esquerda radicalize em sua atuação.
“O Brasil consolidou, ao longo de três décadas, a sua ordem democrática. As instituições funcionam e toda e qualquer ameaça à conquista do Estado Democrático de Direito deve ser repelida. A ruptura do modelo democrático é inaceitável”, declarou Doria.
O PSB e outros partidos de oposição entrarão com um pedido de cassação do mandato do deputado por causa da sua declaração.
Veja a íntegra da nota:
O Brasil consolidou, ao longo de três décadas, a sua ordem democrática. As instituições funcionam e toda e qualquer ameaça à conquista do Estado Democrático de Direito deve ser repelida. A ruptura do modelo democrático é inaceitável.
O país quer distância dos radicais que pregam medidas de exceção e atentam contra a Constituição.
Repudiamos a tentação autoritária e o silêncio de quem as patrocina. Conheci de perto o mal que ditadores e ditaduras fazem às pessoas, às famílias e ao país.
Reviver o passado traumático da nossa história é condenar o futuro do país e do seu povo. A democracia brasileira não tem medo de bravatas.
O Brasil estará unido para manter as liberdades civis, a imprensa livre e as garantias fundamentais. A Nação não deixará de ter fidelidade aos seus valores democráticos.
Joao Doria
Governador do Estado de São Paulo