“O Ministério da Indústria está em boas mãos”, avalia CNI sobre Alckmin
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o nome de 16 futuros ministros do seu governo. Entre eles está o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, que assume o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Para Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a escolha de Alckmin para o comando da pasta sinaliza que a indústria terá papel relevante no novo governo.
“O MDIC estará em muito boas mãos. O futuro ministro é um político hábil, com a experiência de ter governado o estado mais industrializado do país e conhecimento do que é necessário para o desenvolvimento e o fortalecimento da indústria”, afirma o presidente da CNI.
Durante o anuncio, Lula lembrou que gostaria que a pasta fosse ocupada por Josué Gomes, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e filho de seu vice-presidente nos dois mandatos anterior, José Alencar.
Mas explicou que Gomes recusou o convite para enfrentar a articulação de Paulo Skaf, que tenta retomar a presidência de uma das mais poderosas entidades empresariais do país.
Indústria moderna
Andrade destaca que Alckmin terá o desafio de construir uma política industrial moderna e de longo prazo.
Além disso, o futuro ministro deverá estar atento à transição do Brasil para uma economia de baixo carbono e em sintonia com o que está sendo feito pelas principais economias do mundo nessa área.
Para o presidente da CNI, Alckmin conhece as prioridades da agenda de desenvolvimento do país e da indústria e o que precisa ser feito para reverter o processo precoce de desindustrialização do país.
“A recuperação da economia nacional passa por melhores condições para a indústria retomar seu fôlego, voltar a produzir em plena capacidade, competir de maneira mais eficiente e voltar a crescer”, aponta.
A CNI estima que, com uma política industrial eficiente e moderna, a indústria aumentará sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) de 22% para 25% entre três e quatro anos.