O Mercado Livre pode engolir o Magazine Luiza (MGLU3)?
O segmento de e-commerce é apontado por muitos analistas e investidores como o futuro do varejo. No entanto, pelo menos aqui no Brasil, há inúmeras empresas que operam nesse segmento.
Além das brasileiras, como Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas (AMER3), há os estrangeiros, como Amazon, Shoppe e a maior de todas, a argentina Mercado Livre (Meli).
Em novo episódio do Market Makers, o gestor Guilherme Motta, da Studio Long Bias, com 67% de rentabilidade em 7 meses, lembra que a tendência é de empresas maiores conquistarem a parcela de mercado das menores.
“O tubarão come os peixinhos. Óbvio que o Magazine Luiza não é um peixinho, mas a empresa mais dominante do setor é o Mercado Livre. Tem mais balanço, mais capacidade de investir. Isso faz ela ganhar market share. Estamos vendo isso em vários setores”, argumenta.
Em relatório enviado a clientes, o Itaú BBA destaca a argentina com a sua favorita no e-commerce.
Assista ao episódio na íntegra:
A recomendação de “outperform” (compra) da casa reflete o forte desempenho da empresa no terceiro trimestre do ano, superando suas principais competidoras.
O Meli reportou aumento da lucratividade de suas operações entre julho e setembro, ainda que este esteja condicionado a um aumento de investimentos da empresa e queda das taxas de juros para a fintech Mercado Pago.
O valor justo projetado para o Mercado Livre pelo Itaú BBA é de US$ 1.260/ação para 2023, implicando um potencial crescimento de 31%.
No Brasil, o total de mercadorias vendidas (GMV, na sigla em inglês) na plataforma de e-commerce para 2022 deve atingir R$ 79 bilhões.
Para 2023, a previsão é de que esse número chegue a R$ 91 bilhões.
O BBA projeta o Mercado Livre como líder incontestável do segmento de e-commerce do Brasil, detendo praticamente um terço do mercado.
Assista ao episódio na íntegra:
O que mais o gestor tem na carteira?
Entre as varejistas, Motta prefere nomes como Alpargatas (ALPA4), Natura (NTCO3), Renner (LREN3), Soma (SOMA3) e Arezzo (ARZZ3).
“Apesar do PIB fraco, o estamos vendo é que Arezzo e Soma estão ganhando market share das pequenininhas. Obviamente, a Bolsa tem link com o PIB, tem link com os juros, mas são as melhores empresa”, coloca.
Além disso, o gestor tem exposição em elétricas e shoppings, setores considerados mais defensivos.
“A regulação é bastante efetiva, temos uma avaliação muito boa sobre isso. Esses negócios têm características antifrágeis. Se o Lula enlouquecer, o IPCA será mais alto, mas acho que o Iguatemi da Faria Lima continuará cheio e terá fila de lojistas querendo entrar”, discorre.
Assista ao episódio na íntegra:
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