O lucro bilionário (e recorde) da Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, no 2T23
A Berkshire Hathaway, comandada por Warren Buffet, divulgou neste sábado (5) o maior lucro operacional trimestral de sua história. Os ganhos com ações ajudaram o conglomerado a atingir um lucro geral de quase US$ 36 bilhões.
O aumento da taxa de juros e resultados melhores da seguradora de carros Geico permitiram que o negócio de seguros da Berkshire gerasse mais dinheiro no segundo trimestre, com o lucro em alta de 38%.
Embora o lucro operacional tenha superado os US$ 10 bilhões, esse mesmo aumento da taxa de juros encareceu a compra e reforma de casas, prejudicando os resultados da Clayton Homes, assim como outros negócios da Bekrshire no setor imobiliário, e a compra de trailers da Forest River, na qual as receitas despencaram 34%.
Os lucros também caíram em um dos maiores negócios da Berkshire, a ferrovia BNSF, com uma queda de 24% refletindo remessas menores de bens de consumo, a competição em preço com caminhoneiros e salários mais altos de funcionários.
A Berkshire também pareceu cautelosa com o alto preço das ações, à medida que as bolsas dos Estados Unidos estenderam o rali.
Durante o segundo trimestre, o saldo foi de venda de US$ 8 bilhões em ações.
“A história aqui são taxas de juros e ‘valuation’ de ações”, disse Jim Shanahan, analista da Edward Jones, que tem recomendação de “compra” para a Berkshire.
“O impacto nos lucros da taxa de juros em receitas de investimentos está compensando a fraqueza da economia causada por essa mesma taxa”, acrescentou. “E está claro que não há muitas oportunidades de investimentos atrativas por aí.”
Investidores acompanham a Berkshire de perto, pela reputação de Buffett e porque os resultados das unidades operacionais da empresa, com sede em Omaha, Nebraska, geralmente refletem tendências econômicas mais amplas.
Buffett completará 93 anos em 30 de agosto. Sua fortuna está avaliada em US$ 117,5 bilhões, o sexto homem mais rico do mundo, segundo a revista Forbes.