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O líder do futuro desenvolve times vencedores para além dos negócios

29 jan 2022, 13:31 - atualizado em 29 jan 2022, 13:31
Troféu, troféus, vitória, vencedor, vencer
Crie um time de campões cobiçados por todos, e trate-os bem para que queiram ficar (Imagem: Pixabay/ QuinceCreative)

O líder do futuro desenvolve equipes vencedoras para negócios sustentáveis e construção de legado com impacto à sociedade. Em um mundo globalmente conectado, no qual novas representatividades ganham voz, visibilidade e credibilidade ante tantos preconceitos, mazelas e desigualdades sociais, gerar valor para a maior gama de públicos de relacionamento propicia um mundo melhor.

Quando o líder do futuro traz à tona propósitos para o bem coletivo, alinhados com as aspirações das novas gerações, tendo uma cultura organizacional clara e viva, gestão humanizada, com densidade de talentos, igualdade de oportunidades e meritocracia, o clima favorável contagia e a reverberação tende a ocorrer com naturalidade para além dos escritórios.

O líder do futuro tem impacto decisivo sobre o resultado das organizações, especialmente as que trilham o caminho da inovação. Ele deve desenvolver mais empatia e inspiração estratégica ao invés de mandar e controlar. Seu papel é entusiasmar a todos e desenvolver as pessoas para que atuem em alta performance, com foco nos resultados, a partir de valores e processos alicerçados em níveis de confiança, protagonismo, maturidade, lealdade, ética, produtividade e unidade. Contextos que façam sentido até mesmo em sua ausência.

Ao líder do futuro cabe ter inteligência emocional e equacionar conflitos, encarar imprevisibilidades e o dinamismo do mercado com resiliência, trabalhando por um time mais capacitado, motivado, dedicado, comprometido e apaixonado por fazer o melhor para todos. Ele descentraliza as ações, delega responsabilidades, promove diversidade e está menos preocupado com vaidades. Não sonega informações, com medo de sombras (diretos que brilhem mais do que ele). Sabe aquela ideia antiga do “vou trabalhar com gente menos qualificada para não ter a minha posição ocupada”?! Besteira!

“Vire a chave”

Só os maus líderes trabalham com gente mau qualificada, com medo de perder o cargo, alerta Peixoto (Imagem: Divulgação/ Wiz/ Paulo Negreiros)

Vire a chave, prefira mais a frase: “Capacite bem os seus colaboradores para que eles possam partir. Trate-os bem para que eles prefiram ficar”, do empresário britânico multibilionário e fundador do Grupo Virgin, Richard Branson. Aliás, ele é escritor de diversos livros, sendo o “A Ousadia de ser Líder” um dos mais interessantes.

Não dá mais para uma liderança ficar achando que o colaborador é um mero recurso da empresa. O líder tem de ser acessível, conhecer de perto cada um, estabelecer sinergia, transmitir expertise, valorizar complementaridades de competências, propor desafios, promover a equidade, dar abertura para o diálogo, ter escuta ativa, ser transparente, empoderar e engajar a todos para além das obrigações específicas, cuidar do bem-estar, com verdade e habilidade nos feedbacks e em processos de reconhecimento.

Com essas práticas, os colaboradores desenvolvem maior senso de orgulho e pertencimento. Eles dão contribuições para além de suas funções, que atendem unidades de negócio interdependentes. Em pesquisas, reconhecem as empresas como excelente lugar para se trabalhar e suas lideranças como exemplos. Logo, esse time de vencedores entende o cenário interno e externo, a ponto de participar de correntes do bem além dos limites do negócio.

Os colaboradores estão cada vez mais olhando para seus empregadores e líderes como as fontes de informação mais confiáveis, competentes e a serem seguidas. Mais até mesmo do que o governo, a mídia e ONGs. E nunca foi tão essencial para esses profissionais serem vozes consistentes, de condução e mobilização de pensatas e comportamentos de responsabilidade social. Por um mundo melhor.

Heverton Peixoto é CEO da Wiz Soluções (WIZS3), uma das maiores gestoras de canais de distribuição de seguros e produtos financeiros no Brasil – Empresa avaliada em R$ 2,5 bilhões na Bolsa de Valores. Pós-graduado em Corporate Finance pelo Insead França, ele lidera há 4 anos cerca de 2 mil colaboradores na parceria com a Caixa e em contratos fechados durante sua gestão com Itaú, Santander, Banco do Brasil, BMG, Inter e BRB, entre outros. Seus 15 anos dedicados à seguridade incluem passagens pelo Grupo Amil e a Mckinsey & Company, nos quais atuou em projetos estratégicos para a América Latina, além da Caixa Seguros e da Par Corretora de Seguros.