O jantar acabou mais cedo: Por que Prates é o presidente da Petrobras (PETR4) menos amado pelo PT?
475 dias à frente da estatal brasileira, Jean Paul Prates deixa o cargo de presidente da Petrobras (PETR4; PETR3). Nesta quarta-feira (15), a saída do até então CEO foi oficialmente validada pelo conselho da companhia.
Prates estava no cargo desde o início de 2022, quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência do país e o convidou para auxiliar na transição de governo. Agora, será substituído a mando também do presidente da República.
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O período de permanência de Prates no cargo é o menor entre os indicados pelo PT à cadeira de chefe da estatal. Em segundo lugar está Aldemir Bendine, indicado no segundo mandato de Dilma Rousseff, que ficou 479 dias e saiu após impeachment da então presidente.
No quesito permanência na presidência, Prates só não perde para José Mauro Coelho, que foi indicado por Jair Bolsonaro em abril de 2022 e que permaneceu por apenas 67 dias na cadeira.
O jantar foi interrompido
Os rumores da saída de Prates vinham há alguns meses. A vez mais recente que o executivo ficou ameaçado de perder o cargo foi após um embate público com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre o pagamento de dividendos extraordinários.
Além disso, Prates sofreu críticas e pressões públicas para que a Petrobras investisse mais em gás natural e acelerasse investimentos de interesse do governo, como o setor de fertilizantes e indústria naval.
Há mais ou menos um mês, Jean Paul Prates brincou em seu perfil no X (antigo Twitter) sobre os rumores de sua saída da estatal. No entanto, a brincadeira envelheceu mal na noite desta terça-feira (14), quando foi anunciada a sua demissão do cargo.
Na época, a postagem mostrava o print de uma conversa do WhatsApp, em que dizia que Prates iria sair da Petrobras quando terminasse o seu expediente, voltaria para casa, jantaria e retornaria ao seu trabalho para ‘cumprir uma agenda cheia’.
Segundo informações da Reuters, o ex-presidente-executivo da Petrobras Jean Paul Prates disse nesta quarta-feira (15), ao sair da sede da empresa, que está deixando a petroleira em uma condição melhor do que recebeu a companhia quando tomou posse como CEO no início de 2023.
Durante sua gestão, Prates pôs fim à política de paridade de preços internacionais da Petrobras e a empresa passou a adotar uma nova política comercial, como prometido na campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A antiga política de preços tinha representado problemas em governos passados para o Palácio do Planalto sempre que a Petrobras tinha que promover aumentos.
De acordo com a nota divulgada ontem pela estatal, Magda Chambriard, ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante o governo de Dilma Rousseff, foi indicada para a posição de Prates.< Agora, a indicação segue para os procedimentos internos de governança corporativa, incluindo as respectivas análises de conformidade e integridade necessárias ao processo sucessório.
*Com informações da Reuters