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O início do ‘ano da verdade’ para Raízen (RAIZ4); a prévia do 1T25, segundo BTG, Santander e XP

24 jul 2024, 11:54 - atualizado em 24 jul 2024, 12:10
raízen raiz4
Na visão do BTG Pactual, 2024 é um ano crucial para Raízen após os investimentos de R$ 15 bilhões dos últimos anos  (Imagem: Raízen/Divulgação)

A Raízen (RAIZ4) divulgou ontem (23) sua prévia operacional do primeiro trimestre da safra 2024/2025 (1T25), antes da divulgação no dia 13 de agosto.

Para o BTG Pactual, que já tinha se referido sobre 2024 como o “ano da verdade” para determinar os rumos da história patrimonial da Raízen, pelo investimento de R$ 15 bilhões em investimentos relacionados ao crescimento nos últimos dois anos e meio, principalmente em E2G, renovação de cana-de-açúcar e, em menor escala, energia, foi um início lento de safra em termos de crescimento de receita, apesar do início forte da moagem (+15% ano a ano).

O preço médio de venda do etanol e do açúcar ficou 13% e 3% abaixo ano a ano, respectivamente. Nos combustíveis, os volumes de vendas também permaneceram estáveis ​​tanto no Brasil quanto na América Latina, enquanto a Raízen indicou que as margens de combustível do Brasil seriam mais baixas trimestralmente.

“Por outro lado, os volumes de produção de E2G totalizaram 16 milhões de m3, o que é mais de 2x superior ao ano anterior, mas ainda abaixo da capacidade nominal de operação da planta recém-inaugurada”, veem Thiago Duarte, Pedro Soares, Henrique Pérez e Guilherme Guttila.

Com isso, para o banco, apesar da queda anual dos preços, os avanços trimestrais nos preços do etanol (+14%) e para o açúcar (6%) sugerem um cenário melhor à medida que o ano avança. “Estamos particularmente otimistas quanto à perspectiva de preço do etanol para o 2S24, o que apoia a estratégia de transferência de estoques da Raízen”, completam.

O banco mantém sua recomendação de compra e preço-alvo de R$ 7, com uma análise que aponta que a ação negocia com desconto de aproximadamente 25% em relação ao múltiplo combinado de seus pares mais óbvios com base nas avaliações do ano fiscal de 2025.

“Esperamos que o ano fiscal de 2025 seja o ano em que a Raízen atinja o ponto de equilíbrio do ponto de vista da geração de FCF (graças a alguma racionalização de investimentos depois de queimar cerca de R$ 7 bilhões no ano passado), a partir do qual esperamos ver algumas rendas de desalavancagem muito necessárias no futuro”.

Santander não vê números movimentando mercado e XP enxerga balanço neutro para Raízen

Na avaliação do Santander, os números não devem movimentar o mercado, com as margens de distribuição menores no trimestre, apesar dos números de esmagamento fortes e os preços do etanol melhores desde o aumento de preços da Petrobras (PETR4) em 9 de julho, em meio ao forte crescimento do etanol consumo. O banco reforça sua recomendação de compra e preço-alvo de R$ 4.

“A Raízen reportou um crescimento de 16% ano a ano no açúcar total recuperável no 1T25, significativamente mais forte do que nossa premissa estável para o ano. No entanto, o ritmo de esmagamento deverá diminuir dada a sazonalidade e composições difíceis depois de uma temporada muito forte de 23/24”, explicam Guilherme Palhares e Laura Hirata.



Segundo a XP Investimentos, embora os números apontem alguns riscos baixistas, a reação deve ser neutra para as ações nesta quarta (24), uma vez que acreditam que os desvios em relação às estimativas foram incorporadas no consenso. A casa recomenda compra para ação (preço-alvo de R$ 6).

“Do lado positivo, está a moagem de cana-de-açúcar (+15% ano a ano e 10% acima da estimativa da XP). Do lado negativo, ficou o volume de vendas de açúcar (aumentou 26% ano a ano, mas 14% abaixo da XPe), o preço médio do açúcar (4% ano a ano e 5% abaixo da XPe), os volumes de vendas de etanol (aumentou 19% ano a ano, mas 7% abaixo da XPe) e os preços do biocombustível, que caíram 3% em relação ao ano anterior e 13% abaixo da XPe”, analisam Leonardo Alencar, Pedro Fonseca Samuel Isaak.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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