O impacto do Desenrola em Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e demais instituições
O programa de renegociação de dívidas do governo, o Desenrola Brasil, deve impactar positivamente os bancos, dizem os analistas da XP Investimentos. Segundo eles, Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú (ITUB4) estão em melhores condições para navegar o cenário.
O projeto, entretanto, não será capaz de mudar a dinâmica atual do setor, avaliam Bernardo Guttmann e a equipe da XP. A atividade econômica abaixo do ideal, a taxa básica de juros em dois dígitos e o endividamento das famílias elevado ainda pesam para os bancos.
“Embora os balanços dos bancos brasileiros permaneçam sólidos, os desafios domésticos e internacionais trazidos pelo ano de 2023 nos fazem reafirmar nossa visão de que o ano é desafiador”, dizem os analistas em relatório.
Ainda assim, a equipe da XP vê o Desenrola Brasil “com bons olhos”. Eles afirmam que, embora o setor financeiro já preveja renegociações, o incentivo oferecido pelo governo permite que as instituições sejam mais agressivas na definição de condições mais atrativas.
“Ademais pelo fato de que as dívidas elegíveis ao programa já terão mais de 6 meses e, provavelmente, já estarão 100% provisionadas”, ressaltam.
As instituições que aderiram ao Desenrola foram: Banco do Brasil, Itaú, Bradesco (BBDC4), Caixa Econômica Federal, Inter, PicPay e Santander (SANB11).
Benefícios do Desenrola Brasil
A Faixa 1 do Desenrola Brasil, prevista para ser lançada em setembro, vai englobar dívidas bancárias e não bancárias. Segundo os analistas da XP, o benefício é a garantia do Fundo de Garantia de Operações (FGO).
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Já para o Faixa 2, o diferencial é a possibilidade de constituição de crédito tributário no mesmo montante das renegociações.
Os analistas ressaltam que os créditos tributários usualmente são redutores do patrimônio de referência. No entanto, de forma a incentivar o Desenrola, o créditos oriundos do programa não serão redutores do patrimônio líquido, liberando capital dos bancos.