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O impacto da taxação das varejistas estrangeiras, segundo BTG

23 maio 2024, 15:22 - atualizado em 23 maio 2024, 15:22
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Apesar de possível aumento de preços, Shein anida é mais barata que varejistas nacionais (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração/Arquivo)

O BTG Pactual, em relatório assinado por Luiz Guanais e equipe, acredita que um potencial aumento de impostos pode fazer com que a Shein e outros pares internacionais, como a Temu, possam competir com varejistas nacionais em pé de igualdade, potencialmente elevando os preços dos produtos de seus concorrentes.

O relatório aponta que outro desafio é a expansão da capacidade de produção local, ainda que a rapidez de inserção de produtos no mercado e abordagem de venda social ainda permaneçam fortes.

Apesar disso, a Shein aproveitaria a expansão no abastecimento local, com diversificação na produção, melhoramento de níveis de serviço e aproveitamento do já elevado engajamento orgânico na plataforma da empresa.

Shein ainda é mais barata que varejistas nacionais

Segundo análises do banco, os produtos vendidos pela chinesa no Brasil são 70% mais caros por aqui do que nos Estados Unidos (EUA). Entretanto, são 28% mais baratos que os da Renner (LREN3), 31% mais baratos que Riachuelo e 33% mais baratos que C&A (CEAB3).

O relatório cita a análise da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que apontou que apenas 18% da população com renda de até dois salários-mínimos fez compras em sites internacionais de produtos de até US$ 50.

Enquanto isso, para a população que ganha acima desse valor, a taxa sobe para 41%.

“Ao defender o fim da isenção do imposto de importação para compras internacionais de até US$ 50, a CNI destaca que os dados da pesquisa mostram que as famílias de maior renda são as que mais se beneficiam do benefício fiscal concedido a essas importações”, afirma o banco.

Lula acredita que taxação não irá para frente

No radar, está a inclusão da “tributação do e-commerce” no Projeto de Lei nº914/24, conhecido por PL do Mover (Programa Mobilidade Verde e Inovação), que acaba com a isenção de imposto de importação para remessas internacionais de até US$ 50, algo que deve ser votado pela Câmara dos Deputados durante esta semana e retiraria as compras do Programa Remessa Conforme (PRC),

O Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), durante evento no ano passado, afirmou que uma alíquota de importação efetiva seria de 110%, próxima à paga pelos varejistas nacionais atualmente.

Nesta quinta-feira (23), segundo o jornal O Globo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a tendência é vetar o projeto que busca taxar as remessas internacionais de até US$ 50.

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