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O fundo imobiliário de shoppings para aproveitar a retomada

07 abr 2021, 15:10 - atualizado em 07 abr 2021, 15:10
Shoppings
A dupla destaca que o fundo tem a vantagem de possuir um portfólio diversificado geograficamente, o que o ajuda a enfrentar esses momentos críticos de forma mais suave (Imagem: Maceió Shopping)

Investir em fundos imobiliários, principalmente em shoppings, em plena pandemia, com comércios fechados e restrições de circulação, parece um mau negócio.

Mas segundo a Ágora Investimentos o fundo Malls Brasil Plural (MALL11) pode ser uma boa opção para aproveitar a retomada da economia.

“Acompanhamos os reflexos da pandemia, mas enxergando que o MALL11 segue como uma alternativa atraente para capturar um movimento de recuperação no valor da cota no longo prazo”, apontam os analistas Ricardo França e Luiza Mussi.

O fundo atua no segmento de shopping center, contando com sete empreendimentos em cidades como Maceió (AL) Recife, (PE) Taboão da Serra (SP) e Volta Redonda (RJ).

“O MALL11 foi um dos fundos de nossa cobertura menos impactados pela crise da Covid-19, muito em função da estratégia adotada pela gestão, de utilizar o caixa (cerca de 40%) para se posicionar em outros fundos”, dizem.

De acordo com eles, a estratégia foi acertada e fez com que o Malls Brasil distribuísse dividendos, diferente de outros fundos, que sofreram com a alta da Covid.

“Entendemos que esse movimento foi pontual, uma janela de oportunidades bem aproveitada, porém a estratégia do fundo não é priorizar o aumento de posições financeiras, enquanto os juros continuam em patamares baixo”, argumentam.

Diversificação mitiga riscos

A dupla destaca que o MALL tem a vantagem de possuir um portfólio diversificado geograficamente, o que o ajuda a enfrentar esses momentos críticos de forma mais suave. Ou seja, com shoppings em variadas regiões a probabilidade de fechamento em massa diminui.

Porém, mesmo assim, a segunda onda da Covid pegou a gestão de surpresa.

“Havia uma expectativa de que nesse momento, o processo de vacinação já se encontrasse mais avançado e as medidas de restrições mais suaves. Porém o cenário que vimos foi de fechamentos de shoppings”, destacam.

Com isso, é provável que os dividendos de curto prazo sejam impactados com a dinâmica atual.

Vacância sob controle, mas inadimplência é um risco

Atualmente, a taxa de ocupação do fundo encontra-se em 97% o que, segundo os analistas, é satisfatório.

“A administração tem sido mais rigorosa na cobrança dos aluguéis do que na primeira onda de COVID-19, dado que agora ela enxerga uma luz no fim do túnel”, afirmam.

Por outro lado, a inadimplência saltou 19% em janeiro. A dupla ressalta, porém, que neste mês é normal ver taxas de inadimplência mais altas.

“Quando olhamos para o cenário atual de pandemia, é esperado que os lojistas, que ainda não conseguiram se recuperar completamente se encontrem com medo de futuros fechamentos e tente negociar o aluguel”, completa.

A Ágora tem preço-alvo de R$ 105 para o fundo até o final de 2021.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.