O fim dos pods? Empresas de cigarros eletrônicos encontram dificuldades para continuar no mercado americano; entenda

Não é só no Brasil que a indústria dos pods tem encontrado seus obstáculos.

Nos Estados Unidos, a fabricante de cigarros eletrônicos Juul Labs apresentou nesta sexta-feira (24) um recurso ao Tribunal de Apelações de Washington D.C. solicitando a suspensão temporária da proibição de comercialização de seus produtos no país.

A solicitação veio após a vigilância sanitária norte-americana (FDA, na sigla em inglês) decidir pela remoção dos produtos da Juul Labs na última quinta-feira (23). De acordo com o órgão regulador, a empresa não apresentou todas as evidências necessárias para comprovar que seus dispositivos não um risco para saúde da população.

Segundo a apelação enviada pela empresa, o FDA teria “destacado” a Juul Labs nas tratativas reguladoras em comparação às demais fabricantes de cigarros eletrônicos dos EUA. Além disso, a medida pela remoção imediata de seus produtos das prateleiras, foi considerada “extraordinária e ilegal” pela companhia.

E no Brasil?

No Brasil, a comercialização, importação ou propaganda de dispositivos eletrônicos utilizados para fumar é ilegal desde 2009. De acordo com especialistas, os cigarros eletrônicos apresentam altas concentrações de nicotina – superiores ao cigarro tradicional, inclusive.

Apesar da proibição, uma pesquisa feita pela Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) revelou que mais de 2 milhões de brasileiros consomem cigarros eletrônicos. O número sofreu um crescimento em torno de 300% desde 2018, quando as estimativas ainda eram inferiores a 600 mil usuários.

Com 100% dos cigarros eletrônicos, os vaporizadores e os produtos de tabaco aquecido circulando ilegalmente no mercado brasileiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciou o processo de regulamentação desses produtos em 2019.

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