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O fim dos carros elétricos? Essas empresas competiam contra a Tesla (TSLA34) e agora lutam para sobreviver

10 mar 2024, 14:00 - atualizado em 08 mar 2024, 14:49
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Tesla também apresenta dificuldades para vender seus carros elétricos (Imagem: REUTERS/Mike Blake)

A animação com os carros elétricos já foi maior, e a queda no interesse pelos veículos assusta a Tesla (TSLA34). Mas o cenário parece pior para empresas menores que anteriormente viveram cenários mais positivos, como a Rivian Automotive e a Lucid Group.

As duas empresas assistem à queda no valor de mercado. Enquanto em 2021 o valor da Rivian era de US$ 153 bilhões e o da Lucid era de US$ 91 bilhões, os números passaram para US$ 10,8 bilhões e US$ 7,3 bilhões, respectivamente.

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Tesla também apresenta dificuldades

Esses dois nomes embarcaram na animação com o setor de carros elétricos, quando ele ainda parecia promissor. De acordo com a Bloomberg, o que sustenta esses nomes é a atuação de gigantes por trás deles.

A Rivian, fabricante de picapes elétricas e SUVs, tem a Amazon (AMZO34), empresa de Jeff Bezos, como sua principal acionista.

Enquanto isso, a Lucid é majoritariamente de propriedade do fundo soberano da Arábia Saudita.

Mas esses apoios não mudam o fato de que as empresas projetam produções iguais ou levemente maiores do que no ano passado.

De acordo com dados da BloombergNEF, as vendas globais de carros elétricos devem crescer 20% em 2024, uma desaceleração em relação ao aumento de 33% observado em 2023.

A Tesla também luta para comercializar seus carros, reduzindo os preços a fim de impulsionar a demanda pelos veículos.

BYD é “ponto fora da curva” entre as montadoras de elétricos

Outro nome que começa a ser mais conhecido pelos brasileiros surge para desafiar esse cenário: a BYD.

A empresa chinesa está entre as 10 marcas de carros mais vendidas no Brasil, apesar de ter entrado no mercado brasileiro de carros de passeio apenas em 2022.

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O BYD Dolphin, que soma 3.626 vendidos no Brasil até fevereiro, é o carro-chefe da empresa no Brasil, assumindo a liderança dos modelos comercializados no país.

Quem lidera o ranking é a italiana Fiat, com 65.178 unidades comercializadas, representando uma participação de 21,2% no mercado.

A BYD já tem planos para melhorar sua atuação no Brasil, investindo R$ 3 bilhões na nova fábrica da montadora em Camaçari, na Bahia.

A partir de 2025, a empresa pretende iniciar um plano de nacionalização para atingir 70% de insumos nacionais em seus carros. Em 2024, as peças utilizadas ainda serão vindas da China.

Entre as 15 fabricantes de carros mais comercializadas no Brasil, a Tesla não está presente no ranking.