Fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) pode destravar valor e reduzir riscos, diz Goldman Sachs

O Goldman Sachs vê a potencial reavaliação da “MBRF” — a nova empresa que surge com a fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) — como o principal fator para a criação sustentável de valor.
“Enxergamos uma nova empresa menos alavancada, mais diversificada e menos exposta a commodities. Continuamos vendo uma relação risco-retorno mais atrativa nas ações da Marfrig e, portanto, esperamos que elas tenham desempenho superior hoje”, explicam Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann.
Junto com os resultados do primeiro trimestre de 2025 (1T25), Marfrig e BRF anunciaram um plano conjunto de fusão, no qual a Marfrig propõe adquirir todas as ações da BRF por meio de uma troca de ações.
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A proposta prevê uma relação de troca de 0,8521 nova ação da Marfrig para cada ação ordinária pré-existente da BRF, além da distribuição de dividendos extraordinários: R$ 2,20 por ação para os acionistas da BRF e R$ 2,90 por ação para os da Marfrig.
“Em relação ao 1T25, a BRF manteve uma temporada de resultados consistente, acompanhando Pilgrim’s Pride, JBS e Tyson, o que reforça nossa confiança na duração prolongada do superciclo que o mercado global de frango atravessa. O Ebitda consolidado da Marfrig veio 3% acima da nossa estimativa, impulsionado principalmente pela BRF. Nas operações legadas, a América do Sul continuou apresentando volumes fortes e rentabilidade de dois dígitos, mais do que compensando o desempenho de equilíbrio (break-even) da National Beef”, destacam os analistas.
O Goldman Sachs mantém recomendação de compra para Marfrig, com preço-alvo de R$ 24,50, e avaliação neutra para BRF, com preço-alvo de R$ 27,20. O potencial de valorização dos papéis, com base no fechamento de ontem (15), é de 18,5% e 31,9%, respectivamente.
Nesta sexta-feira (16), MRFG3 encerrou a sessão com alta de 21,35%, a R$ 25,07, e BRFS3 subiu 0,78%, a R$ 20,78.