O dólar pode se dar bem na concorrência entre Bolsonaro e Lula em 2022?
As eleições de 2022 pouco a pouco já começam a trazer reflexos no mercado financeiro brasileiro.
O tema já tem se tornado “quente” entre os investidores, por conta da possível disputa para a cadeira de Presidente da República entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.
O Ibovespa (IBOV), por exemplo, está totalmente descolado do mercado externo, caindo mais de 20% nos últimos meses, enquanto o S&P 500 (SPX) subiu mais de 10%.
Historicamente, os anos eleitorais são sempre os mais voláteis no Brasil. E a dúvida que paira no ar é: até que ponto o dólar pode se dar bem na concorrência entre Bolsonaro e Lula em 2022?
“Mesmo imaginando dois cenários, de Bolsonaro ou Lula na presidência, o mercado deve tentar enxergar a possibilidade de uma terceira via no meio eleitoral, e caso ela se mostre viável e tenha pautas pró-mercado, isso pode causar um fluxo positivo no mercado financeiro”, explica Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos.
Teste de resistência
Dezembro já iniciou com o dólar em quase R$5,85, e com a chegada de 2022, a expectativa é que a moeda americana permaneça em R$5,50, de acordo com o relatório Focus.
“O cenário de 2022 será de pura volatilidade, devido a eleição estar altamente polarizada e cheia de notícias consideradas polêmicas, que consequentemente podem testar a resistência do investidor”, comenta Paulo Cunha.
Para ilustrar o desempenho do câmbio e do Ibovespa em anos eleitorais, confira abaixo a média da moeda americana em baixa e alta, além do desempenho médio do indicador das cotações das ações negociadas na B3:
Ano eleitoral | Desempenho do dólar (%) | Desempenho do Ibovespa (%) | Taxa Selic (%) |
---|---|---|---|
2002 | 52 | 17 | 25 |
2006 | -8 | 32 | 13,25 |
2010 | -4 | 1 | 10,75 |
2014 | 13 | 3 | 11,75 |
2018 | 17 | 15 | 6,5 |
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