Câmbio

O dólar pode se dar bem na concorrência entre Bolsonaro e Lula em 2022?

30 dez 2021, 12:20 - atualizado em 30 dez 2021, 12:42
Eleições Urna
Cenário de 2022 será de pura volatilidade: um verdadeiro teste de resistência ao investidor (Imagem: Antônio Augusto/Ascom/TSE)

As eleições de 2022 pouco a pouco já começam a trazer reflexos no mercado financeiro brasileiro.

O tema já tem se tornado “quente” entre os investidores, por conta da possível disputa para a cadeira de Presidente da República entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.

O Ibovespa (IBOV), por exemplo, está totalmente descolado do mercado externo, caindo mais de 20% nos últimos meses, enquanto o S&P 500 (SPX) subiu mais de 10%.

Historicamente, os anos eleitorais são sempre os mais voláteis no Brasil. E a dúvida que paira no ar é: até que ponto o dólar pode se dar bem na concorrência entre Bolsonaro e Lula em 2022?

“Mesmo imaginando dois cenários, de Bolsonaro ou Lula na presidência, o mercado deve tentar enxergar a possibilidade de uma terceira via no meio eleitoral, e caso ela se mostre viável e tenha pautas pró-mercado, isso pode causar um fluxo positivo no mercado financeiro”, explica Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos.

Teste de resistência

Dezembro já iniciou com o dólar em quase R$5,85, e com a chegada de 2022, a expectativa é que a moeda americana permaneça em R$5,50, de acordo com o relatório Focus.

“O cenário de 2022 será de pura volatilidade, devido a eleição estar altamente polarizada e cheia de notícias consideradas polêmicas, que consequentemente podem testar a resistência do investidor”, comenta Paulo Cunha.

Para ilustrar o desempenho do câmbio e do Ibovespa em anos eleitorais, confira abaixo a média da moeda americana em baixa e alta, além do desempenho médio do indicador das cotações das ações negociadas na B3:

Ano eleitoral Desempenho do dólar (%) Desempenho do Ibovespa (%) Taxa Selic (%)
2002 52 17 25
2006 -8 32 13,25
2010 -4 1 10,75
2014 13 3 11,75
2018 17 15 6,5

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