O Desenrola deu certo? Adesão foi menor que o esperado, aponta FGV

O Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas, está em sua segunda fase. O programa possui previsão de encerramento em 31 de dezembro de 2023.

Essa etapa abrange pessoas com renda de até dois salários mínimos, ou inscritas no CadÚnico, e podem ser renegociadas dívidas bancárias — contas como luz, água e pendências com varejistas.

De acordo com estimativas do governo, a fase tem potencial para abranger até 32,5 milhões de consumidores. Até o momento, segundo o Mistério da Fazenda, o programa atendeu 1 milhão de pessoas.

Para fazer parte do programa, é preciso ter cadastro na conta gov.br em nível ouro ou prata. De acordo com a FGV, o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, reconheceu que essa condição exclui 40% do público-alvo, que está na categoria bronze.

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Além disso, o secretário indica que o governo pretende enviar uma MP ao Congresso nas próximas semanas para eliminar esse requisito das negociações. “Estamos discutindo com os bancos uma solução que não exija certificado”, disse Marcos.

Ainda que haja uma diferença entre o previsto e o executado durante a segunda fase do Desenrola, o secretário indica que a avaliação do governo é positiva.

Na segunda fase, o Censo Nacional do Programa Desenrola Brasil indica que 47% das renegociações tiveram pagamento à vista. Além disso, o setor líder em renegociações foi de o serviços financeiros, com R$ 3,3 bilhões renegociados.