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O crime organizado está on-line; investigadores precisam digitizar suas operações

15 abr 2021, 8:45 - atualizado em 15 abr 2021, 8:45
A Comissão Europeia quer que investigadores se mantenham a par das novas tecnologias utilizadas por criminosos a fim de poder reprimir seus atos ilegais (Imagem: Freepik/natanaelginting)

Nessa quarta-feira (14), a Comissão Europeia publicou sua nova estratégia de combater um ecossistema de crime organizado que se torna cada vez mais digitizado — transformado e implementado para o âmbito digital.

O relatório destaca um prazo estratégico entre 2021 e 2025 e está amplamente focado no desafio de investigar o crime organizado na União Europeia. Áreas de risco específico citadas no relatório incluem transações com criptomoedas, mercados ilegais e malware, dentre outros.

Segundo o estudo:

Para detectar e reprimir o crime organizado, investigadores precisam detectar atividades on-line suspeitas, rastrear transações criminosas com moedas virtuais, para entender o que encontraram (dados podem estar criptografados ou colocados em contexto com outros dados), para preservar os dados e utilizá-los como evidência eletrônica no tribunal.

Em relação a transações do crime organizado, o relatório afirmou que, apesar dos desenvolvimentos no fronte jurídico, tais atividades são difíceis de detectar.

“Apesar do desenvolvimento de estruturas jurídicas antilavagem de dinheiro e de recuperação de ativos, apenas uma pequena parte das atividades de lavagem de dinheiro é detectada e apenas 1% dos ativos relacionados a crimes são confiscados”, explicou o relatório.

“Isso se agravou com o crescente uso de canais financeiros com supervisão mais limitada do que a do setor bancário, como criptomoedas.”

Tomando a dianteira após ações recentes contra redes criminosas como EncroChat e Sky ECC, a estratégia também enfatiza a necessidade de estar a par desses meios altamente tecnológicos que criminosos utilizam para a troca de informações.

De forma correspondente, a Comissão Europeia também encoraja um maior desenvolvimento dos mecanismos internacionais da União Europeia de troca de informações e transferência de processos criminais entre estados-membro.

Novamente, o foco é no crime digitizado, segundo ênfase da comissão: “isso requer coordenação no desenvolvimento de ferramentas e treinamentos entre Estados-membro e entre setores em áreas como perícia digital, inteligência de código aberto, criptomoedas e investigações da dark web, ou seja, para obter acesso e, possivelmente, eliminar fóruns que vendem bens e serviços ilegais”.

Novas tecnologias também apareceram entre as prioridades da Comissão Europeia de forma positiva. Em novembro, a comissão havia emitido uma consultoria referente a uma plataforma blockchain para o setor público.

Confira o relatório da Comissão Europeia:

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