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O combinado sairá caro? Entenda como The Town descumpriu direito dos consumidores

09 set 2023, 15:00 - atualizado em 08 set 2023, 17:16
The Town reclame aqui direitos do consumidor procon o que fazer
Só no site do Reclame Aqui, o The Town já conta com mais de 200 queixas (Imagem: Divulgação The Town)

The Town termina amanhã (10), e a primeira edição do “Rock In Rio de São Paulo” parece não ter agradado todo mundo. Isso porque, muitos daqueles que foram ao evento e pagaram ingressos que variavam de R$ 400 (meia entrada) a R$ 4 mil (área vip) não tiveram boas experiências.

Só no site do Reclame Aqui, o The Town já conta com mais de 200 queixas até o momento da publicação dessa matéria. As reclamações vão desde a falta de estrutura e organização, falta de itens básicos como papel higiênico nos banheiros, até furtos de celulares no Autódromo de Interlagos, onde o evento acontece.

Além disso, muitos apontaram que ficaram mais de duas horas na fila de entrada do evento, porque os organizadores tiveram dificuldades em realizar a leitura do QR Code do ingresso.

De acordo com as reclamações registradas, a falta de praticidade no The Town era tamanha que, para fazer qualquer coisa dentro do festival, como conseguir água (que acabou em um momento do evento), ir ao banheiro ou comprar comida, custaria, pelo menos, uma hora de fila.

Apesar das diversas reclamações no site, nas últimas publicações do The Town no Instagram, é possível ver alguns consumidores elogiando o evento, dizendo que várias melhorias aconteceram no sentido de organização de filas e distribuição de água.

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The Town não cumpre as regras?

Alguns consumidores registram que as revistas realizadas pelas equipes de segurança obrigaram-nos a descartar produtos que não eram proibidos, segundo as regras do site, como remédios com autorização médica por escrito, por exemplo.

Segundo um dos consumidores, no caso dele, o próprio funcionário do evento fez o descarte dos seus medicamentos.

“Um funcionário jamais poderia jogar um item de valor elevado no lixo sem nem ao menos me perguntar, mesmo que não pudesse entrar, eu teria opção de voltar pra casa com ele e não adentrar ao festival. E quem me ressarce dos valores das minhas medicações que foram para o lixo?”, disse.

O advogado especialista em direito do consumidor e membro da comissão nacional de defesa do consumidor do conselho federal da OAB, professor Marco Antonio Araujo Junior, destacou que o Procon-SP precisa acompanhar de perto os próximos dias do evento e atuar de forma a determinar que os organizadores cumpram, rigorosamente, as regras do código de defesa do consumidor.

Procurada pelo Money Times, a assessoria de imprensa do The Town não se manifestou até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para seu posicionamento.