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O caso Carrefour, Cosan (CSAN3), Raízen (RAIZ4) e frigoríficos; os destaques do Agro Times

24 nov 2024, 10:00 - atualizado em 29 nov 2024, 12:16
agro frigoríficos (1)
(iStock.com/shiota)

A penúltima semana de novembro contou com temas relevantes para o agro brasileiro, com a divulgação do cronograma de grupamento de ações da AgroGalaxy (AGXY3) e o acordo de R$ 2,5 bilhões entre JBS (JBSS3) e Nigéria.

E o Safra confirmou a virada para o ciclo do gado no 3T24 e espera uma inversão deste cenário apenas no 1T27.

Nós também ouvimos a Trígono Capital, que destacou 5 ações que ganham com Mover e Combustível do Futuro, e as duas commodities que devem liderar a transição energética.

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Os temas que mais se destacaram na última semana

5º lugar –Proteína animal: BofA vê bom ambiente para lucros de gigantes até 2025, mas recomenda apenas duas ações

O Bank of America atualizou suas estimativas e preço-alvos para os frigoríficos do Brasil em sua cobertura, após fortes resultados no terceiro trimestre de 2024 (3T24). A instituição recomenda compra para JBS (JBSS3) (top pick) e Marfrig (MRFG3), além de neutro para BRF (BRFS3).

Segundo o banco, as empresas apontaram tendências positivas no curto prazo e possivelmente para 2025, já que a demanda sólida por proteínas deve dar suporte aos preços. Os baixos custos de ração continuam sendo um vento favorável para o frango.

4º lugar – Irani (RANI3): Ação tem ‘ponto de entrada atraente’ e pode saltar 45%, diz Itaú BBA; é hora de comprar?

Itaú BBA iniciou a cobertura das ações de Irani (RANI3), com recomendação de outperform (equivalente à compra) e preço-alvo para 2025 de R$ 10 — o que implica uma alta de 44,5%, frente ao fechamento de terça-feira (20).

“Não apenas gostamos da dinâmica de longo prazo para o segmento de papel e embalagens, mas também acreditamos que a Irani está bem posicionada para se beneficiar do momento positivo dos lucros nos próximos trimestres, impulsionado principalmente pelo recente aumento nos preços do papelão ondulado”, dizem.

Top 3 do agro

3º lugar – CEO do Carrefour diz que não vai comercializar carne do Mercosul e gera indignação no Brasil; entenda

O CEO Global do Carrefour (CRFB3), Alexandre Bompard, afirmou em suas redes sociais na última quarta-feira (20), que a empresa assumiu o compromisso de não comercializar nenhuma carne proveniente do Mercosul.

Em carta endereçada ao presidente da organização francesa FNSEA (Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores), o executivo ainda diz que o projeto de acordo de livre comércio entre União Europeia (UE) e Mercosul traz um risco de “inundação” no mercado francês, de uma carne que “não respeita as exigências e normas”.

2º lugar – Raízen (RAIZ4): Os 2 motivos que fizeram a XP cortar preço-alvo; ainda é compra?

XP Investimentos reduziu seu preço-alvo para as ações da Raízen (RAIZ4) de R$ 6 para R$ 4,40 devido a um maior custo de capital (principalmente para refletir um risco maior devido ao aumento da alavancagem e das taxas) e um ramp-up (recuperação) mais lento do que o esperado do negócio de E2G (etanol de segunda geração).

Os analistas mantiveram sua recomendação de compra para a ação, já que continuam a ver um potencial de alta a longo prazo (36% do preço-alvo é atribuído ao segmento de E2G).

1º lugar – Ainda é tempo de Cosan (CSAN3)? A visão dos analistas para a holding no 3T24

Cosan (CSAN3), controladora da Raízen (RAIZ4), Rumo (RAIL3) e Compassviu seu lucro líquido cair 57% no terceiro trimestre de 2024 (3T24), em 293 milhões. No ano, a ação recua 41.21%.

A alavancagem financeira da companhia terminou setembro em 2,9 vezes, acima do nível de 2,7 vezes do segundo trimestre e da 1,7 vez de setembro de 2023.

De acordo com o BTG Pactual, a empresa deu sequência em seu processo de administração de ativos e passivos, focando na extensão de prazos, redução da dívida bruta e diminuição dos custos da dívida.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.