O caso Carrefour, Cosan (CSAN3), Raízen (RAIZ4) e frigoríficos; os destaques do Agro Times
A penúltima semana de novembro contou com temas relevantes para o agro brasileiro, com a divulgação do cronograma de grupamento de ações da AgroGalaxy (AGXY3) e o acordo de R$ 2,5 bilhões entre JBS (JBSS3) e Nigéria.
E o Safra confirmou a virada para o ciclo do gado no 3T24 e espera uma inversão deste cenário apenas no 1T27.
Nós também ouvimos a Trígono Capital, que destacou 5 ações que ganham com Mover e Combustível do Futuro, e as duas commodities que devem liderar a transição energética.
Os temas que mais se destacaram na última semana
O Bank of America atualizou suas estimativas e preço-alvos para os frigoríficos do Brasil em sua cobertura, após fortes resultados no terceiro trimestre de 2024 (3T24). A instituição recomenda compra para JBS (JBSS3) (top pick) e Marfrig (MRFG3), além de neutro para BRF (BRFS3).
Segundo o banco, as empresas apontaram tendências positivas no curto prazo e possivelmente para 2025, já que a demanda sólida por proteínas deve dar suporte aos preços. Os baixos custos de ração continuam sendo um vento favorável para o frango.
O Itaú BBA iniciou a cobertura das ações de Irani (RANI3), com recomendação de outperform (equivalente à compra) e preço-alvo para 2025 de R$ 10 — o que implica uma alta de 44,5%, frente ao fechamento de terça-feira (20).
“Não apenas gostamos da dinâmica de longo prazo para o segmento de papel e embalagens, mas também acreditamos que a Irani está bem posicionada para se beneficiar do momento positivo dos lucros nos próximos trimestres, impulsionado principalmente pelo recente aumento nos preços do papelão ondulado”, dizem.
Top 3 do agro
O CEO Global do Carrefour (CRFB3), Alexandre Bompard, afirmou em suas redes sociais na última quarta-feira (20), que a empresa assumiu o compromisso de não comercializar nenhuma carne proveniente do Mercosul.
Em carta endereçada ao presidente da organização francesa FNSEA (Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores), o executivo ainda diz que o projeto de acordo de livre comércio entre União Europeia (UE) e Mercosul traz um risco de “inundação” no mercado francês, de uma carne que “não respeita as exigências e normas”.
2º lugar – Raízen (RAIZ4): Os 2 motivos que fizeram a XP cortar preço-alvo; ainda é compra?
A XP Investimentos reduziu seu preço-alvo para as ações da Raízen (RAIZ4) de R$ 6 para R$ 4,40 devido a um maior custo de capital (principalmente para refletir um risco maior devido ao aumento da alavancagem e das taxas) e um ramp-up (recuperação) mais lento do que o esperado do negócio de E2G (etanol de segunda geração).
Os analistas mantiveram sua recomendação de compra para a ação, já que continuam a ver um potencial de alta a longo prazo (36% do preço-alvo é atribuído ao segmento de E2G).
1º lugar – Ainda é tempo de Cosan (CSAN3)? A visão dos analistas para a holding no 3T24
A Cosan (CSAN3), controladora da Raízen (RAIZ4), Rumo (RAIL3) e Compass, viu seu lucro líquido cair 57% no terceiro trimestre de 2024 (3T24), em 293 milhões. No ano, a ação recua 41.21%.
A alavancagem financeira da companhia terminou setembro em 2,9 vezes, acima do nível de 2,7 vezes do segundo trimestre e da 1,7 vez de setembro de 2023.
De acordo com o BTG Pactual, a empresa deu sequência em seu processo de administração de ativos e passivos, focando na extensão de prazos, redução da dívida bruta e diminuição dos custos da dívida.