O caso AgroGalaxy (AGXY3), os efeitos das queimadas para Tereos e as ações da Cosan (CSAN3); os destaques do Agro Times
A terceira semana de setembro foi bastante movimentada para o setor agro, com o pedido de recuperação judicial da AgroGalaxy (AGXY3) no centro do noticiário. Com isso, detalhamos a dívida e a lista de credores da empresa.
Já o Prosa Agro, podcast do Itaú BBA, debateu os reflexos das eleições dos Estados Unidos para o agronegócio brasileiro. Para Christopher Garman, diretor executivo da Eurasia Group para as Américas, independente de quem vença, haverá uma deterioração da relação bilateral entre China e EUA.
Além disso, o JP Morgan revisou suas estimativas para a BRF (BRFS3) e JBS (JBSS3), e elevou o preço-alvo de uma das ações. E JP Morgan elevou sua recomendação para São Martinho (SMTO3), enquanto o Morgan Stanley rebaixou a ação.
Os temas que mais se destacaram na última semana
5º lugar – Tereos perde 1,7 mi de toneladas de cana por queimadas em SP e estima prejuízo de R$ 100 milhões
O diretor-presidente da Tereos, Pierre Santoul, uma das líderes globais na produção de açúcar, etanol e bioenergia, afirmou que 1,7 milhão de toneladas de cana-de-açúcar da empresa foram perdidas pelos incêndios e queimadas que atingiram às áreas produtivas
A área atingida representa 10% dos canaviais da Tereos no Brasil, ou 30 mil hectares. Segundo o executivo, que falou durante uma roda de conversa promovida pela companhia, a Tereos teve um impacto de R$ 100 milhões com as queimadas em canaviais, classificando a situação como “preocupante”.
4º lugar – Preços do boi ganham força e analista cita teto ‘bastante favorável’ para produtor no fim de 2024
Os preços do boi gordo, com base no indicador Cepea/B3, avançam com bastante intensidade na parcial de setembro, com valorização de 8,43%, aos R$ 259,95 por arroba.
De acordo com Fernando Iglesias, analista de proteína animal na Safras & Mercado, o mercado de gado trabalha com uma recuperação nos preços, com o mercado paulista trabalhando com preços em torno de R$ 260, enquanto outras áreas do país seguem com preços interessante.
Top 3 do agro
? 3º lugar – Cosan (CSAN3): BTG corta preço-alvo por ajustes na Raízen (RAIZ4), mas ainda vê ação disparando; veja potencial
O BTG Pactual revisou suas estimativas para Cosan (CSAN3), em meio ao fraco desempenho das ações da Vale (VALE3) — empresa que tem 4,14% de participação, os resultados um pouco mais fracos do que o esperado da Raízen (RAIZ4) e um ambiente de taxas de juro menos favorável, que levaram as ações da CSAN3 a apresentar um desempenho significativamente inferior ao do índice Ibovespa (-31% desde fevereiro).
O diretor de gestão de risco agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuário (Mapa), Jonatas Pulquerio, enxerga o pedido de recuperação judicial da AgroGalaxy (AGXY3) como preocupante para o agronegócio brasileiro e, especialmente, para o mercado de capitais.
Em seu perfil no Linkedin, Pulquerio reforçou que a AgroGalaxy é um dos grandes players no fornecimento de insumos e serviços agrícolas, enfrentando desafios financeiros que podem gerar um efeito cascata sobre seus parceiros e clientes, impactando diretamente a produção agrícola no Brasil.
? 1º lugar – AgroGalaxy (AGXY3) entra com pedido de recuperação judicial; relembre movimentos da companhia
A Agrogalaxy (AGXY3) entrou com pedido de recuperação judicial na quarta-feira (18), perto do fechamento do mercado. A ação fechou com queda de 13,27%, em R$ 0,98. Na manhã daquele dia, a empresa informou a renúncia do CEO de 5 c0nselheiros.
De acordo com a companhia, o pedido de recuperação judicial busca proteger a companhia e suas subsidiárias a continuarem a cumprir suas obrigações.
No acumulado de 2024, a ação recua 81,37% e no último ano, a queda é de 87,03%. Desde 2023, a AgroGalaxy enfrenta diversos desafios.
No ano passado, em 30 de junho, Welles Pascoal, responsável pelo IPO, voltou ao cargo de CEO da empresa, e alguns dias após o seu retorno, a empresa anunciou a demissão de mais de 40 funcionários, como você viu aqui no Money Times com exclusividade. Em 11 de julho, a companhia reduziu sua projeção para novas lojas para o ano.