O caminho da PetroRio para crescer: investir naquilo que a Petrobras não quer mais
A PetroRio (PRIOR3) adotou uma estratégia inteligente para crescer num mercado dominado por gigantes: simplesmente, não brigar com eles. Em vez disso, seu foco é investir naquilo que as petrolíferas maiores não querem mais, incluindo a Petrobras (PETR3, PETR4). Nada menos que cinco dos sete campos que podem ser adquiridos pela empresa, nos próximos meses, pertencem à estatal.
A estratégia é apoiada pelo Banco Safra, que iniciou a cobertura da PetroRio com recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) e preço-alvo de R$ 45,7 para o fim do ano, o que implica um potencial de valorização de 36,5% sobre a cotação usada como referência pela instituição.
Kaique Vasconcellos e Daniel Travitzky, que assinam o relatório, afirmam que “a principal oportunidade para a companhia é seguir comprando novas áreas de exploração e aumentando a taxa de produção”.
Alvos
E acrescentam: “com isso em mente, vemos muitas oportunidades, no Brasil, decorrentes do plano de desinvestimento da Petrobras e de outros players”.
A dupla lista sete ativos que poderiam ser adquiridos pela companhia, dos quais, quatro pertencem à Petrobras. Além disso, um quinto campo é uma sociedade da estatal com a Chevron.
O Safra observa também que a PetroRio tem conseguido aumentar a produtividade dos campos que opera, o que melhora suas margens. O custo médio de extração, por exemplo, baixou de um pico de US$ 44 por barril, na virada de 2017 para 2018, para US$ 17,3 no primeiro trimestre deste ano.