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O bitcoin poderá ultrapassar US$ 30 mil ainda em 2020?

07 dez 2020, 14:18 - atualizado em 07 dez 2020, 14:18
Confira, neste artigo, por que é importante se manter atualizado dos acontecimentos no mercado tradicional que podem refletir na ação de preço do bitcoin (Imagem: Freepik)

O que é bitcoin?

Estamos no último mês de 2020. O preço do bitcoin ultrapassou os US$ 19 mil não muito depois de ter negociado em baixa durante o ano.

Até agora, o preço da criptomoeda se estabilizou nesse nível. O bitcoin usará US$ 10 mil como uma base de suporte para subir ainda mais ou irá cair?

A resposta a essa pergunta depende de diversos fatores que vão além da análise técnica. Por isso, é importante se manter atualizado com notícias globais financeiras confiáveis.

Neste artigo, analisaremos diversos desses fatores importantes que podem mostrar a trajetória do bitcoin.

Emissão global de dinheiro

Um esclarecedor artigo do USA Today afirma: 

Até o fim do ano, o Fed terá adquirido US$ 3,5 trilhões em valores mobiliários governamentais com esses dólares recém-criados, uma das diversas ferramentas utilizadas para ajudar a impulsionar a debilitada economia durante a pandemia da COVID-19, segundo a Oxford Economics.

Tal emissão de dinheiro está fazendo com que muitos investidores busquem pela melhor forma de comprar bitcoin.

Por que investir em bitcoin? Simplesmente por conta da oferta e demanda.

Diversas vezes, o Fed dos EUA e outras organizações governamentais em todo o mundo demonstraram sua vontade em fixar qualquer situação econômica por meio do aumento no fornecimento de sua moeda fiduciária.

Aumentar o fornecimento sem aumentar a demanda pode resultar em uma terrível queda econômica.

Tradicionalmente, pessoas se protegem contra essa situação ao investir em ouro e outros investimentos com uma taxa mais fixa de oferta e demanda.

A escassez do bitcoin se dá pelo fornecimento total e fixo da criptomoeda: só irão existir 21 milhões de bitcoin, sem possibilidade de “cópia” ou alteração na programação do sistema (Imagem: Freepik/macrovector)

O bitcoin surgiu na última década para se provar como uma reserva de valor, constante e facilmente verificável. O fornecimento total do bitcoin é de 21 milhões.

A cada dez minutos, sem falta, um novo lote de bitcoins é emitido — ou minerado —, não por uma autoridade centralizada, com controle humano, e sim um algoritmo descentralizado e puramente matemático.

A cada quatro anos, esse novo lote é reduzido pela metade — em um processo chamado de “halving” —, até o ano 2140.

Esse sistema dá ao bitcoin uma oferta e demanda previsível, na qual investidores podem confiar. O halving mais recente aconteceu este ano, em maio. O fornecimento de bitcoin a cada dez minutos foi reduzido de 12 BTC para 6,5 BTC. A oferta diminuiu.

Porém, a demanda parece ter aumentado ou, pelo menos, estabilizado. Esses fatores impulsionaram o preço de 1 BTC para US$ 13 mil — antes de a incerteza de mercado tê-lo derrubado para a faixa dos US$ 10 mil.

A emissão global de dinheiro também impactou o preço do bitcoin até agora pois, com a criação de todos os novos dólares, alguns deles devem ter entrado para o mercado do bitcoin.

A Forbes até escreveu um artigo destacando sete motivos pelos quais cidadãos americanos deveriam comprar bitcoin, usando seu auxílio emergencial, e a CBS News noticiou que uma segunda rodada de auxílios pode estar vindo por aí: US$ 2,2 trilhões, por meio da lei HEROES [Lei de Soluções Emergenciais Globais de Recuperação Econômica e da Saúde].

Se a lei HEROES for aprovada e cidadãos receberem um segundo auxílio, cada vez mais pessoas podem comprar um pouquinho de bitcoin.

Já que o bitcoin possui esse fornecimento fixo de 6,5 BTC a cada dez minutos até 2024 (quando o próximo halving reduzir a quantia para 3,25 BTC), é fácil ver a lógica de que uma demanda crescente com um fornecimento fixo poderia impulsionar o preço do bitcoin acima dos US$ 20 mil e, possivelmente, além dos US$ 30 mil.

Se Biden aprovar mais estímulos fiscais, a descrença no sistema monetário americano pode impulsionar o investimento em bitcoin (Imagem: Freepik)

A eleição presidencial dos EUA

É indiscutível que a eleição presidencial dos EUA está afetando o mercado acionário e, assim, mercados em todo o mundo — afinal, os EUA são a maior economia do mundo.

Um artigo da CNBC resumiu bem essa questão:

A grande maioria dos investidores — 93% — acreditam que a corrida presidencial irá afetar o mercado de ações, segundo uma pesquisa recente da gestora de fundos Hartford Funds. 

Além disso, 84% dos investidores esperam que irá impactar seus hábitos de investimento.

Também é fato que o mercado acionário americano influencia o preço do bitcoin. Outro artigo da Forbes se aprofunda na correlação entre o preço do bitcoin e das ações americanas. Dá credibilidade à teoria de que investidores consideram o bitcoin como uma ação de tecnologia.

Se o mercado de ações americano acredita que o presidente eleito Joe Biden irá aumentar a impressão de dólares e apresentar mais estímulos fiscais, pode resultar em um rali de preço e impulsionar o bitcoin acima dos US$ 20 mil.

Porém, se o mercado de ações acredita que Biden será impedido pelo Partido Republicano e a apresentação de pacotes de estímulos for improvável, então pode afundar ações e, assim, o bitcoin também pode cair.

Fatores globais, como a emissão de dinheiro e a situação americana em 2021, estão impactando o bitcoin e continuarão a fazê-lo.

É por isso que, novamente, é essencial se manter atualizado diariamente às notícias financeiras globais.

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